Análise: CRB tem eficiência no ataque, mas peca na marcação

Pior resultado dos alagoanos nesta Série B foi justamente na derrota por 3 a 0 para o Cruz-Maltino no primeiro turno.

O Vasco irá promover a estreia de seus três reforços recentes (Nenê, Jhon Sánchez e Walber) e do técnico Fernando Diniz nesta quinta-feira (16) diante de um rival que em nada se assemelha ao time facilmente batido por 3 a 0 no primeiro turno, em São Januário.

Quarto colocado na Série B, com 40 pontos (oito a mais do que o Cruz-Maltino, em décimo), o CRB mostra uma regularidade que chama atenção. Desde o início do campeonato, os alagoanos aparecem no G4 ou muito próximo dele.

Dirigido por Allan Aal, o time alvirrubro de Maceió compensa a defasagem na retaguarda com um setor ofensivo de expressão. Se por um lado a defesa sofreu mais de um gol por jogo – foram 25 em 23 partidas -, o ataque é o terceiro mais eficiente da competição, com 32 gols, ao lado do Coritiba.

O bom retrospecto do meio para frente tem explicação: o CRB é o time com maior quantidade e aproveitamento de passes superior a 90% na Série B, o que evidencia o quanto seu treinador valoriza a posse de bola. Em um total de 9.430 passes até o momento, foram apenas 806 errados.

A estratégia do Vasco de Fernando Diniz precisa passar obrigariamente pela forte marcação em busca posse de bola. Das 20 equipes do campeonato, a de Alagoas é a que menos desarmou (244 e média de 10,6 por partida) e a que menos fez faltas: 312 e média de 13,5/jogo. Os números refletem uma marcação pouco eficiente, resultando, portanto, no alto número de gols sofridos.

A derrota para o Goiás (1 a 0) na rodada passada reflete uma outra realidade: apesar da boa campanha, o CRB deixa alguns pontos pelo caminho no Rei Pelé. Por mais que os alvirrubros tenham perdido uma única vez em seus domínios e vencido cinco vezes, foram outros cinco empates como mandante. Seu pior resultado na Série B foi justamente a derrota por 3 a 0 para o Vasco, o que pode motivar os comandados de Aal a darem o troco nesta quinta.