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Análise: Como foi a despedida do Vasco de São Januário em 2021

E vamos para o último jogo em São Januário, no ano de 2021. Uma temporada desastrosa para o Vasco da Gama, resultados pífios, e que mostrou que o Caldeirão em muitas vezes foi um parque de diversões, onde o adversário vinha e fazia o que queria, com o Remo não foi diferente, a equipe paraense conseguiu abrir 2 a 0, mas o Cruzmaltino conseguiu deixar, pelo menos, na igualdade, antes do apito final. Vasco 2×2 Remo.

Um Vasco sob vaias do começo ao fim, quem esteve na sexta-feira (19) em São Januário, tinha um objetivo bem claro, protestar contra a péssima campanha da Série B e o não acesso. E a torcida presente já estava no pé do time, antes mesmo na entrada ao campo.

Um clima desses de muita pressão, somado ao estado apático dos jogadores pelo insucesso já gerado, além da falta de objetivo na competição, não tinha como trazer uma vitória do Vasco. E o Remo que não tem nada haver com isso, e luta pela permanência na Série B, foi pra cima.

O Vasco até poderia abrir o placar aos 10, quando Nenê cruzou pela esquerda, e Cano, que fazia o seu 100º jogo pelo clube, desperdiçou sozinho, mas quem saiu na frente foi o Remo. Riquelme sentiu a pressão e vacilou, Erick Flores roubou a bola e tocou para Victor Andrade na direita, o meia encontrou na área Neto Pessoa para abrir o placar. O lance pra chamar atenção foi a lentidão de Rômulo.

O volante vascaíno é cria, tem história no clube, foi bastante importante em 2011, só que em 2021 ficou nítida muitas dificuldades para se firmar. O que deixa em cheque sua permanência. Rômulo sempre será lembrado pela sua primeira passagem no Vasco, mas essa segunda tem que ser esquecida. No lance do gol do Remo, uma lentidão fora do normal pra acompanhar o jogador adversário na área.

A falta de sorte do Rômulo era tão grande, que Lucas Siqueira chutou aos 38, e a bola resvalou no jogador, morrendo na rede, Remo 2 a 0. Lucão foi novamente lento na reação, assim como no primeiro gol.

O Vasco tinha que tirar o prejuízo e conseguiu reagir rapidamente. Nenê, em mais uma assistência na temporada, encontrou Léo Matos na área, o lateral diminuiu ainda no primeiro tempo.

Com o segundo tempo, as vaias continuaram, e quase todos os jogadores eram os alvos. Um dos mais criticados foi Leandro Castan, que teve vários cantos e foi muito hostilizado quando tocava na bola. A reformulação é necessária, e o capitão que já não tem clima com a torcida, pode ser um dos pilares dessa mudança geral.

Victor Andrade do Remo foi expulso aos 24, o que deixou o Vasco com um a mais e com isso o time empatou aos 36. Léo Matos fez cruzamento, a bola desviou na área e sobrou para o oportunismo de Galarza, que deu números finais, 2 a 2.

O Vasco encerrou seus jogos em casa nessa Série B, foram 19 partidas: 9 vitórias, 4 empates e 6 derrotas. Muito pouco pra quem sempre teve São Januário como Caldeirão. O último encontro com o torcedor ficou marcado com os gritos de ” Time sem vergonha “, muito triste para o último apagar das luzes, em casa, de 2021.

Fonte: Universo Vasco