Análise: Atuação coletiva foi fundamental para o Vasco vencer o Nova Iguaçu
Contra o Nova Iguaçu, time sofre apagão após as substituições do treinador, mas folga no placar graças à boa atuação coletiva e ao brilho de Nenê garantem a segunda vitória no Carioca.
O Vasco venceu. Foi superior enquanto teve em campo o que o técnico Zé Ricardo julga ser o melhor time. E, quando mexeu com o objetivo testar as peças que tem no elenco, prerrogativa de todo início de temporada, sofreu sustos. Qualquer análise da vitória vascaína por 3 a 2 sobre o Nova Iguaçu, pela terceira rodada do Campeonato Carioca, precisa partir desse princípio.
Com grande atuação de Nenê, regente e autor de dois dos três gols da equipe (o outro foi marcado por Raniel), o Vasco deu aos poucos mais de 5 mil torcedores que foram até São Januário o gosto da vitória que escapou por pouco na rodada anterior, quando empatou com o Boavista. E que não dava as caras desde 16 de outubro do ano passado, quando havia conquistado sua ultima vitória jogando em casa: 2 a 1 sobre o Coritiba.
De quebra, exatos 30 dias passados do início da pré-temporada do clube, Zé ainda deu minutagem e viu quem gostaria de ver em campo. Matheus Barbosa, por exemplo, começou entre os titulares graças ao problema no tornozelo direito de Yuri Lara e teve boa atuação - não é à toa que os dois gols do adversário aconteceram após sua saída. Raniel fez gol pelo terceiro jogo consecutivo. Jhon Sánchez, Galarza, MT, Getúlio e Isaque entraram no segundo tempo.
Como detalhe a se lamentar, fica o fato de que, por conta dos dois gols sofridos no fim do jogo, o Vasco perdeu a liderança do Campeonato Carioca para o Flamengo, que agora tem os mesmos sete pontos, mas leva vantagem no saldo de gols: 4 contra 3.
O jogo
Com a dispensa de jogadores que visivelmente não se sentiam mais confortáveis vestindo a camisa do Vasco e a contratação de outros que ou possuem muita identificação com o clube ou enxergam essa passagem como grande oportunidade na carreira, Zé Ricardo e sua comissão técnica esperam que não falte determinação em campo. Não faltou em boa parte das duas primeiras partidas. E também não faltou contra o Nova Iguaçu.
Deu para notar com facilidade a diferença de sintonia entre os jogadores do Vasco e os da equipe adversária, sobretudo no início do jogo. Mesmo sem Yuri Lara, que é o sinônimo de raça, Matheus Barbosa deu conta do recado e passou boa impressão em sua estreia como titular. Com a bola, ele se posicionava entre Ulisses e Anderson Conceição para sair jogando e acertou 19 dos 20 passes, um índice de 95% de precisão. Sem ela, mostrou-se firme na marcação e foi o responsável por três dos 25 desarmes da equipe no jogo inteiro.
No ataque, Gabriel Pec era o jogador mais insinuante. Chegou a fazer uma grande jogada em que deixou uma fila de marcadores para trás e só foi parado com falta perto da linha lateral. Aos 18 minutos, Anderson Conceição, em mais uma partida segura, curtiu uma de lançador e enfiou boa bola longa para Pec dominar dentro da área e ver a bola resvalar no braço do marcador. Pênalti que Nenê converteu com usual categoria.
Até o intervalo, já com o ritmo mais dosado, o Vasco deu campo ao Nova Iguaçu, principalmente na entrada da sua área - Matheus Barbosa pecou em faltas com força desmedida, recebeu o cartão amarelo e correu o risco até de ser expulso. Thiago Rodrigues fez grande defesa em uma falta cobrada da intermediária antes do intervalo.
No segundo tempo, o Vasco começou a mil por hora e matou o jogo em 16 minutos. Aos sete, Ulisses aproveitou a marcação frouxa e avançou com a bola dominada até onde deu, entregou para Bruno Nazário e recebeu de volta para cruzar na cabeça de Raniel e ficar R$ 500 mais rico: o camisa 9 adiantou a marcação e cabeceou bonito para o gol, com a bola resvalando o travessão antes de entrar.
Em seguida, veio o gol mais bonito da noite: Weverton interceptou um passe no campo defensivo e entregou na direita para Bruno Nazário, que viu um buraco no meio e passou para Matheus Barbosa. O volante, de imediato, projetou-se para frente e lançou na medida para Nenê dominar, invadir a área, driblar o zagueiro e bater na saída do goleiro.
Zé Ricardo, então, começou a promover as mudanças. Jhon Sánchez foi a campo pela primeira vez desde novembro, quando atuou no empate com o Remo, mas pouco apareceu e ainda levou a bola nas costas no primeiro gol do Nova Iguaçu. MT e Getúlio (que quase marcou aos 27 minutos) ganharam pontos, ao passo que Galarza ficou devendo em alguns momentos. Isaque entrou aos 38 e sequer teve tempo de mostrar serviço.
Sem Matheus Barbosa, o time perdeu a proteção na frente da área. Não é à toa que, no lance dos dois gols, os jogadores adversários recebem a bola entre as linhas e bagunçam o setor defensivo. No primeiro, o camisa 7 Andrey domina entre Bruno Nazário e Weverton e encontra grande passe na direita. E, no segundo, Samuel aproveita o buraco deixado entre Ulisses e Weverton, tabela e sai na cara do goleiro Thiago Rodrigues.
O Vasco terminou a partida com 40% da posse de bola e 22 finalizações contra 12 do Nova Iguaçu.
Fonte: Globo EsporteMais lidas
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