Análise: Afobação atrapalha noite do Vasco em São Luís
Time começa bem, desperdiça chances e se desorganiza após expulsão no Sampaio Corrêa. Clube tem primeira derrota com Diniz e perde chance de colar na zona de acesso.
O Vasco pavimentou o caminho para quarta vitória seguida, mas falhou na noite deste sábado, na derrota por 1 a 0 para o Sampaio Corrêa, em São Luís. Falhou ao não matar o jogo quando esteve melhor. Falhou ao se afobar e se desorganizar com um jogador a mais. E falhou também com Nenê, que desperdiçou um pênalti nos acréscimos.
Apesar dos erros citados acima, o Vasco não fez uma partida ruim. Foram 22 finalizações e 71% de posse nos 90 minutos. O time fez um primeiro tempo superior, mas não soube definir. Com um jogador a mais desde o final do primeiro tempo, partiu para cima, tentou ganhar de qualquer maneira, mas deixou espaços. Depois se desorganizou com mudanças tão ousadas quanto ineficazes de Fernando Diniz. Por fim, parou nas mãos Luiz Daniel, que, segundo o próprio, teve a maior atuação de sua carreira.
A derrota interrompe uma arrancada que parecia levar o Vasco a passos largos ao G-4, zona que o clube carioca ainda não transitou em toda competição. Caso vencesse, a diferença, que já foi de 10 pontos, cairia para apenas dois. Com o tropeço, a distância se manteve em cinco, a nove rodadas do fim. O acesso ainda é possível? Claro que é. Porém, cada vez há menos brechas para erros. E vacilos como os deste sábado não podem mais se repetir.
Força pela esquerda, mas sem efetividade
Foi amplo o domínio no primeiro tempo. Com variações ofensivas, trocas de passes, movimentação e, principalmente, aproximação, o Vasco concentrou seu jogo pela esquerda e encontrou espaços. Faltou, porém, uma maior efetividade. Apesar das muitas chances criadas, a equipe de Diniz pouco chutou no gol. Chegava, mas concluía mal, geralmente para fora. Foram nove finalizações, algumas com perigo, mas nenhuma na direção do gol.
É importante ressaltar o lado esquerdo do Vasco. Se algo funcionou no Vasco de Diniz neste sábado foi o setor. O treinador optou por Gabriel Pec no lugar de Léo Matos, algo que já havia testado no segundo tempo contra Confiança. E foi por ali que Pec, Riquelme e Nenê se criaram para cima do Sampaio Corrêa. Destaque para o jovem lateral, cada vez mais confiante e à vontade.
Nenê teve uma chance logo no início, Riquelme deixou Pec na cara do gol em seguida, e o próprio Pec cruzou para Cano chegar atrasado e concluir para fora. Todos lances perigosos que nasceram pelo lado esquerdo.
Ao Sampaio restou explorar a velocidade de Pimentinha nas costas de Riquelme e Castan. O arisco atacante do time maranhense deu trabalho ao capitão vascaíno, mas no geral a defesa do Vasco levou a melhor no primeiro tempo.
A arbitragem foi um capítulo à parte. Confuso, o árbitro Caio Max Vieira marcou pênalti de Vanderlei em Ciel, mas voltou atrás após ser alertado pelo VAR. No fim do primeiro, exagerou ao expulsar Luis Gustavo por falta em Gabriel Pec, na entrada da área no fim do primeiro tempo. Parecia que a vitória seria construída com facilidade.
Afobação custa caro, e Diniz perde invencibilidade
Com um jogador a mais, imaginava-se que o Vasco encontraria mais facilidade e ampliaria seu domínio no segundo tempo. O problema foi que o time acreditou nisso. E o que se viu foi o Vasco se lançando com tudo ao ataque, mas deixando espaços na defesa e expondo seus zagueiros.
Explorando Pimentinha e Ciel nas costas da defesa do Vasco, a equipe maranhense colocou Vanderlei para trabalhar. Ciel quase marcou um golaço após entortar Castan. Nilson Junior (impedido) e Pimentinha também tiveram boas chances.
Diniz percebeu que o time não voltou bem e ousou. Trocou Ricardo Graça por Daniel Amorim e recuou Bruno Gomes para a zaga. Não deu certo. O Sampaio continuou pressionando e chegou ao gol pelo alto, com Allan, após cobrança de escanteio.
O treinador foi para o tudo o nada e trocou Pec e Zeca por João Pedro e Figueiredo. O Vasco terminou o jogo com cinco atacantes de origem. Mas com o Sampaio Corrêa bem postado na defesa, restou ao Vasco cruzar a bola na área. E foi assim que teve suas grandes chances. A primeira com Daniel Amorim de voleio, a segunda com Castan e a penúltima, nos acréscimos, com Cano. Em todas o goleiro Luis Daniel foi espetacular.
Luiz Daniel, aliás, já merecia o prêmio de melhor em campo. Mas o goleiro ainda parou o Vasco mais uma vez. Aos 52 minutos, Riquelme foi derrubado na área. Pênalti que Nenê cobrou nas mãos do goleiro. Foi o último ato de uma noite que tinha tudo para dar certo, mas deu tudo errado.
Fonte: Globo EsporteMais lidas
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