Vasco quase construiu CT em Maricá
Antes de erguer o Centro de Treinamento Moacyr Barbosa na Cidade de Deus, que hoje recebe todas as atividades do elenco profissional e que em breve deve receber reformas, o Vasco quase construiu um CT em Maricá. Na época, a prefeitura de Maricá cedeu permissão de uso de terreno por 15 anos na cidade, o clube desenhou projeto e fez planos que nunca saíram do papel.
No dia de um inédito Maricá x Vasco pelo Campeonato Carioca, que será o primeiro confronto de que se tem registro entre os clubes, o ge conta como foi essa história.
Em 2011, o prefeito de Maricá Washington Quaquá, vascaíno declarado - que está de volta à prefeitura para mais quatro anos de mandato -, fez a oferta para solucionar um problema antigo: encontrar local para formação de atletas das categorias de base do clube. O presidente do Vasco era Roberto Dinamite, ídolo de Quaquá e então deputado estadual no Rio de Janeiro.
A prefeitura ofereceu ao Vasco uso por 15 anos - com possibilidade de renovação de acordo com "interesse público", dizia o Diário Oficial - de espaço de 148 mil m² à beira da Lagoa de Maricá, no bairro Parque Nanci. A contrapartida do Vasco era aliar o projeto esportivo à educação, com a instalação de escola para cerca de mil alunos. O clube debruçou-se sobre a possibilidade de erguer uma casa para a base e montou um projeto, anunciado na época como um dos mais modernos da América Latina.
A planta previa a construção de seis campos de futebol, vestiários, sala de musculação, piscina e espaço para o colégio no terreno do centro de treinamento.
Em maio daquele ano, num evento com a presença de Dinamite e muita festa, o projeto de doação da área pública foi oficialmente apresentado. Depois da aprovação da Câmara dos Vereadores, o PL (projeto de lei) foi sancionado pelo prefeito Quaquá no mês seguinte, um sinal verde para o início das obras. No entanto, elas nunca começaram.
Logo depois do evento de lançamento do projeto, o Vasco foi informado que a lagoa avançava para dentro do terreno, o que subiria consideravelmente o valor do empreendimento. A obra esbarraria na Lei Orgânica do Município, que proibia “a alteração do perfil natural do terreno”.
Entre as soluções cogitadas, foi debatida a possibilidade de construir uma barreira na lagoa. O clube chegou a consultar o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), mas não houve sucesso. Um ano depois, sem que o Vasco tivesse dado início às obras, o clube devolveu a cessão do terreno, que foi suspensa, colocando um ponto final no projeto.
Hoje, as categorias de base do Vasco se dividem em treinos no campo anexo de São Januário, no CT do Artsul, em Nova Iguaçu, no CT Almirante Heleno Nunes, em Duque de Caxias, e no campo da Aeronáutica.
Fonte: ge
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