Vasco pode deixar a LFU e ir para a Libra

Lideranças da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) convenceram o presidente do Vasco, Pedrinho, a deixar a Liga Forte União (LFU) e alinhar no grupo encabeçado por Flamengo, Palmeiras e São Paulo. Flerte que talvez justifique o vazamento de informações da última semana dando conta de ganhos que reduzirão a diferença das cotas de direitos de imagem entre os rivais, agora em ligas opostas, depois de anos de forte desigualdade.

Mas há entraves hoje analisados pelo jurídico vascaíno. O contrato com a LFU, bloco liderado por Fluminense, Internacional e Atlhetico-PR, foi assinado em julho de 2023 por executivos que faziam a gestão controlada pela 777 Partners. Em troca de R$ 209 milhões, a SAF cedeu à LFU (leia-se: aos fundos Serengeti e Life Capital) 20% dos direitos de transmissão e comerciais do Brasileiro, por 50 anos. Distrato que não é tão fácil de ser feito.

A SAF vascaína chegou a receber cerca de R$ 100 milhões no ato. Mas, no final de setembro, as partes reduziram o percentual para 10% e ficaram quites. Se o clube resolver aceitar o convite da Libra, terá de devolver os R$ 100 milhões da LFU, e arcar com as penalidades previstas em contrato. Por isso, o caso está em análise. O presidente Pedrinho parece disposto a se alinhar com o bloco que reúne os grandes clubes, mas depende da viabilidade financeira e do respaldo jurídico.

A LFU tem hoje 12 clubes na Série A, além dos citados: Atlético-GO, Botafogo, Corinthians, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fortaleza, Juventude e Vasco. Dos últimos oito na atual classificação da Série A, sete são do bloco que negociou direitos de transmissão com a TV Record e o YouTube.

A queda só não traz impacto comercial porque, com exceção de Santos, Coritiba, Paysandu, Brusque e Guarani, os outros 15 da Série B são filiados à LFU.

A Libra, que conseguiu a redução dos valores até então recebidos pelo Flamengo, tem também Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Red Bull Bragantino, Santos e Vitória. Ou seja: nove participantes da Série A. O retorno do Vasco, que no início fez parte do bloco, traria o mínimo de dez clubes acertados no contrato com a TV Globo.

A LFU estrutura distribuição do valor arrecadado sendo 45% do valor das cotas de TV de forma igualitária, 30% com base na performance dos times e 25% na audiência de cada clube. A Libra põe 40% igualitariamente, 30% em performance e 30% na audiência. Vejamos…

Fonte: extra.globo

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