Vasco antecipa parcelas da venda de Marlon Gomes para ter fluxo de caixa
Bruno Murito @brunomurito
Matéria com o Zarko no ge traz operação financeira do Vasco para ganhar recursos para o futebol. Adiantamento de parcelas de Marlon Gomes visa manter obrigações do futebol em dia.
Vasco concede desconto e antecipa parcelas da venda de Marlon Gomes ao Shakhtar por fluxo de caixa
Negociação com deságio de 15% por pagamentos da venda de meia foi iniciada por antiga gestão da SAF e autorizada por aditivo contratual no Conselho de Administração em junho
O Vasco chegou a um acordo com o Shakhtar Donetsk para a antecipação de duas parcelas referentes à venda de Marlon Gomes. O meia foi negociado em fevereiro deste ano por 12 milhões de euros (cerca de R$ 64 milhões na cotação da época).
A negociação começou ainda com a antiga gestão da Vasco SAF, sob comando de Lúcio Barbosa, e foi finalizada com autorização do Conselho de Administração na reunião do dia 12 de junho, quando os poderes e o controle do futebol já eram exercidos pela diretoria de Pedrinho.
O Vasco concedeu deságio de 15% na operação financeira para antecipar as receitas. A justificativa apresentada ao conselho foi a situação financeira delicada do fluxo de caixa da SAF vascaína. O presidente Pedrinho tem garantido, tanto internamente nos conselhos do clube quanto publicamente, que vai manter os compromissos em dia até o fim de 2024.
Em fevereiro, o ge apurou que a venda de Marlon Gomes foi concretizada em três parcelas de 4 milhões de euros. Com o adiantamento das duas parcelas restantes, o Vasco receberá de forma antecipada 8 milhões de euros, porém com desconto de 15% — ou seja, o clube receberá 6,8 milhões de euros, cerca de R$ 41 milhões.
Recentemente, em entrevista coletiva, Pedrinho criticou os adiantamentos praticados pela SAF e afirmou que tal prática era movimento comum de gestão dos antigos gestores, reforçando que a SAF não podia depender disso para sobreviver.
— Os adiantamentos já acontecem desde o início do ano. Ou melhor, quase desde a criação da SAF. "Ah, isso é um procedimento natural no clube de futebol". Sim, quando era clube associativo, mas isso não pode ser recorrente, isso não pode ser natural. Agora, qual é a minha obrigação? Honrar com os compromissos. É isso que estou fazendo e é isso que eu vou fazer.
A gestão de Pedrinho, quando assumiu o controle do futebol, disse que se deparou com o caixa da SAF vazio, e desde então tem procurado recursos para manter os compromissos do futebol do Vasco em dia, além da tentativa em quitar pendências dos atletas com a 777.
Fonte: ge
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