Penalty não comparecerá à reunião com os clubes na FERJ

No olho do furacão por causa da crítica de Neymar à bola do Campeonato Paulista, a Penalty não apareceu na reunião marcada pela Ferj para tratar sobre esse mesmo assunto com os clubes do Carioca.

O presidente da Ferj, Rubens Lopes, queria reunir os interessados sobre o tema para ouvir diretamente da marca quais são as especificidades técnicas da bola usada nos estaduais.

Além disso, gostaria de cruzar os dados com as informações fornecidas pelos clubes. Mas a Penalty não respondeu ao convite da Ferj, o que deixou Rubinho contrariado.

O Flamengo enviou Dekko Roisman, diretor de relações institucionais, como representante. Ele listou três reclamações pontuadas pelos jogadores e pela comissão técnica:

"A bola quica mais do que as bolas dos outros modelos, ela toma uma direção diferente do que uma bola padrão. E, principalmente, no decorrer do jogo ela apresenta algumas características que não possui no início da partida, quando está nova".

Dekko ainda mencionou como exemplo as bolas de tênis, que vai sofrendo desgaste ao longo do jogo.

O representante do Flamengo ainda sugeriu, para amenizar os problemas, que o jogo de bola levado aos jogos seja substituído já no intervalo.

O presidente da Ferj chegou a ler um ofício enviado à Penalty antes da reunião. No texto, a Ferj disse:

"Causa-nos preocupação a forma como a Cambuci S/A (noma da empresa) tem se comportado frente ao caso, razão pela qual ratificamos a necessidade do comparecimento de um representante da empresa na reunião".

O apelo não adiantou.

E agora? Rubinho disse que a troca no intervalo, sugerida pelo Flamengo, é "fácil de fazer".

Rubinho até ponderou que é pequena a proporção do número de times e jogadores que usam as bolas da Penalty e fizeram reclamação. Mas não desconsiderou as observações.

O presidente da Ferj pediu autorização aos clubes para procurar a Penalty novamente e levar os pontos em nome do futebol do estado.

Empresa explica gramado

A reunião também serviu para que a Greenleaf, responsável pelo gramado do Maracanã e também pelo cuidado de Moça Bonita antes do Carioca, explicou quais são os parâmetros aplicados.

Sobre o campo do estádio do Bangu, Alexandre Costa, que representou o Botafogo, até fez uma analogia para confirmar a crítica ao mau estado do campo.

"A queixa foi muito objetiva, estava com o corte muito alto, irregular. O Botafogo jogou lá um mês depois do corte do gramado. Eu cortei o cabelo há um mês e precisei cortar de novo", disse o dirigente da SAF.

Fonte: UOL Esporte

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