Para que serve o play financeiro e como pode afetar o Vasco?
Um dos assuntos que mais tem repercutido nas últimas semanas é sobre a implementação do fair play financeiro no Brasil, algo que, se definido, tentará trazer equilíbrio para as contas de muitos times brasileiros. Este não é um pensamento exclusivo no Brasil, em países como Espanha, Itália e Inglaterra, isto já é realidade a bastante tempo, entretanto você sabe como estas medidas podem afetar o Vasco e outros clubes?
Para que serve o fair play financeiro no futebol?
Muito é falado sobre o fair play financeiro, porém pouco foi explicado até agora como funcionará no Brasil se implementado, mas basicamente este é um conjunto de medidas que os clubes precisarão adotar para ter equilíbrio financeiro. O futebol brasileiro sempre foi considerado bem equilibrado em relação ao futebol praticado na Europa, onde em muitas ligas vemos a dominância às vezes de 2 ou 4 times, que são bem mais fortes que o restante.
No Brasil o futebol é muito mais imprevisível, havendo também uma maior variedade de times campeões. Entretanto, desde a implementação do modelo de SAF (Sociedade Anônima de Futebol) no Brasil, começou-se a criar um receio que alguns times pudessem ficar muito fortes em relação aos demais, ou caso a SAF não desse certo, qual seria o futuro do clube, algo que aconteceu entre o Vasco e a 777 Partners.
Na prática, vimos que as coisas não funcionam bem assim, existe vida após a SAF e desde o surgimento desta onda em 2021, continuamos tendo times que não se tornaram SAFs campeões. Outra verdade é que o futebol brasileiro sempre carece de investimento, pois sempre está em busca de manter bons jogadores no Brasil e conta com o gás das empresas interessadas em entrar neste setor muito disputado.
Entre as principais interessadas estão as famigeradas empresas de bets, que promovem apostas esportivas e jogos de cassino populares no Brasil aos montes, porém estas medidas também servem para todos os clubes, independentemente do modelo de administração. Ainda não se sabe ao certo qual será o futuro do fair play financeiro no país, pois o assunto está em fase embrionária, porém seguindo os padrões europeus, podemos saber um pouco do que poderá rolar por aqui.
Fair play financeiro promete trazer mais equilíbrio ao futebol brasileiro
Basicamente o fair play financeiro é conjunto de regras para controlar os gastos de um clube e até suas dívidas, tudo pensando na autonomia destas equipes, sempre haverá diferenças entre os clubes, porém estas regras prometem não deixar acontecer exageros. Existem clubes que atualmente gastam milhões em contratações, porém já devem bilhões, como o caso do Corinthians e suas últimas contratações, como Memphis Depay.
O fair play financeiro também viria para garantir que os clubes cumpram com suas obrigações pagando credores, funcionários, impostos, entre outras contas. Com isso também haverá regras para os clubes trabalharem de acordo com a sua receita, incentivando também um gasto mais responsável, entre outras medidas para tornar o futebol um esporte com times com finanças cada vez mais equilibradas.
Veja como a história do fair play financeiro começou no Brasil
Essa história de fair play financeiro no futebol era algo que só se ouvia falar, porém começou a virar realidade depois da goleada de 4 a 1 do Botafogo contra o Flamengo. Após a derrota, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo foi cobrado sobre o resultado de sua equipe e em resposta pelo WhatsApp ele escreveu: “Bem-vindos aos tempos de SAF sem fair play financeiro”.
O dirigente fez este comentário também fazendo referência aos gastos do Botafogo, que já tinha realizado 75 milhões de euros em contratações, sendo que o faturamento do clube no ano passado foi algo em torno de R$ 322 milhões.
O próprio John Textor era um que já comentava indiretamente sobre o tema, em julho ele falou que deveria existir um teto salarial no Brasil devido ao alto poder de investimento que grupos como o CFG (City Football Group) têm, que poderia ganhar 20 campeonatos seguidos. Apenas para contextualizar o Grupo City é do Sheik dos Emirados Árabes, Mansour bin Zayed, que é meio-irmão do príncipe Mohammed bin Zayed, presidente dos Emirados Árabes.
John Textor critica presença de Pedrinho, que não estava em reunião
O próprio Flamengo que incendiou esta questão, é um dos times que mais gastou durante os últimos anos, sempre mantendo uma média de gastos maior que a maioria dos times do Brasileirão Série A. A conversa sobre o assunto avançou e houve até uma reunião da Comissão Nacional de Clubes feita com clubes brasileiros para discutir, onde John Textor ficou de fora e ainda criticou a suposta presença de Pedrinho.
Em resumo, o empresário americano disse estranhar a presença de Pedrinho, já que se a parceria com a 777 Partners ainda estivesse de pé, o valor investido seria muito mais alto que o do Botafogo. Entretanto, nosso presidente nem estava lá e ainda rebateu John Textor através de nota: “Por que John Textor se preocupa tanto com a Vasco SAF? Porque tenta desqualificar o Vasco em uma relação societária que não lhe interessa?”- disse Pedrinho.
Fonte: SUPERVASCO.COM
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