Outros tópicos da entrevista coletiva de Felipe

Leia mais sobre a coletiva de Felipe, técnico do Vasco:

Atuação de Alex Teixeira

- Quando eu estava fazendo a outra função, já o via treinando bastante, se dedicando, merecendo uma oportunidade. Ele fez por onde. Acho que o jogador se escala, tem que querer. Eu entendo porque já fui atleta. Às vezes, um atleta não está jogando e relaxa um pouquinho. Temos que procurar sempre tirar da zona de conforto. O Alex é um exemplo. Se dedica bastante, fez por merecer. Ele tinha tido uma oportunidade antes, mas com pouco tempo. Contra o Atlético-GO, entrou no intervalo do jogo e mostrou, mereceu ser titular. O jogador tem duas situações para fazer: ou relaxa e me dá razão para ele não estar jogando, ou faz por merecer e é oportunizado. O Alex vinha treinando muito bem, entrou no jogo muito bem. Ele tem uma conexão muito boa com o Coutinho, o que facilita. Você vê no dia a dia a interação dos dois. É o jogador que se escala, eu apenas coloco quem tá merecendo.

Mais jogadores no meio

- Na realidade, o Atlético é uma equipe perigosa, tem plataforma bem definida e gosta de ficar com a bola. A gente tentou criar uma superioridade numérica no meio para tentar ficar mais com a bola e tirar o ímpeto do Atlético. Graças a Deus deu tudo certo. O Jair conseguiu com sua experiência e qualidade controlar bem as ações. Ajudava na parte defensiva, porque Hulk e Deyverson estavam no mano a mano com um zagueiro, mas também era uma homem a mais no meio. Graças a Deus a estratégia deu certo e está todo mundo de parabéns.

Léo Pelé

- O Léo para mim sempre foi um grande jogador. Ele começou comigo no Fluminense em 2013, na lateral esquerda. Ele é um grande jogador. Ele oscilou em alguns momentos, normal. Um zagueiro canhoto com a qualidade dele é difícil achar no mercado. Em alguns jogos ele foi bem, mas, em alguns momentos, a equipe adversária acabou fazendo gol e as pessoas acabaram o culpando pela derrota, mas não. Acho que é um jogador sensacional, espero que continue no Vasco. Porque realmente achar um zagueiro da qualidade dele é difícil. Ele está de parabéns não só por hoje, mas por todo ano. Tem muito para nos ajudar, espero que continue.

Mudanças na organização da equipe

- A gente teve pouco tempo para trabalhar, mas depois do Atlético-GO a gente passou um vídeo de correção da parte defensiva. Um ajuste para andar junto, não ficar espaçado. Óbvio que o Jair contribui muito por sua experiência, por ter um homem a mais. A gente trabalhou muito as linhas andarem juntas sem espaço para flutuar. Contra o Atlético-GO a gente deu muito espaço. Ficava fácil para o adversário flutuar. A atitude dos jogadores dentro de campo foi fundamental, independente de estratégia e organização, e a torcida incentivando foi fundamental. São eles que fazem diferença.

Desempenho de Paulo Henrique

- O Paulo Henrique é um lateral de força, não é de drible. Então qualquer situação, óbvio que a gente tem que trabalhar, para a carreira dele. Quando ele para e o adversário para, tem um pouco de dificuldade de tentar o drible. O cara marca o fundo e automaticamente ele tem que trazer para dentro. É característica do atleta. A gente está tentando trabalhar é melhor ele receber no espaço porque ele é potente e veloz.

Conversas no vestiário e virada de chave no intervalo

- Não falei muito sobre isso porque a equipe estava muito bem, só não tinha saído o gol. Intensidade, marcação, posse de bola. Acho que só corrigimos uma ou outra situação de posicionamento, principalmente do Jair no meio-campo, Alex Teixeira atacando um pouco mais o espaço. Encontrar o momento certo, principalmente quando a gente empurrava o Atlético-MG pro terço final, tivemos um pouquinho de dificuldade no um contra um, um passe de profundidade em pouco espaço. Mas o ajuste foi pequeno, eles foram muito bem no primeiro tempo. No segundo tempo, depois do gol, conseguimos ter mais de espaço, o que é natural. O Atlético teve que sair um pouco mais. Todos estão de parabéns pelo que apresentaram o jogo todo.

Jair e Paulinho

- Na época que eu jogava vi o Pedrinho que passou por 3 cirurgia, você vê o sofrimento desses jogadores por ficarem fora e a força de vontade para voltar. Fisioterapia é muito chato. Se vocês já precisaram, realmente tem que ter perseverança. Um dia está melhor, no outro, tem um pouquinho de dor. Eram os primeiros a chegar e os últimos a sair. São jogadores muito importantes. O Vasco sentiu muito a ausência desses dois atletas por um bom período deste ano, são fundamentais. São experientes, com qualidade e identificação com o torcedor, principalmente o Paulinho. Fizeram por merecer. O Jair estava um pouco mais na frente. Fui atleta, sei como é. A programação, falei para o Paulinho: "se tudo correr bem, com o Atlético-GO você vai entrar para você desfrutar do momento". Dez meses sem atuar é um sofrimento muito grande, 10 meses de fisioterapia todo dia, musculação, tem dia que dói, tem dia melhor, um turbilhão de emoções, a confiança ainda não está 100%. Infelizmente não foi possível. Graças a Deus hoje deu tudo certo, chamei ele e falei. Ele me agradeceu. Falei: "Desfruta, ganha confiança, ajuda os companheiros. Meu papel é facilitar e ajuda-lo neste momento maravilhoso.

Ausência de Emerson, Jean David e Victor Luis entre os relacionados sinaliza saídas?

- São coisas diferentes. No jogo passado, foram escolhas técnicas minhas (Rojas, Rossi e Galdames). Para essa partida, avisamos aos atletas que não vão fazer mais parte do planejamento de 2025. O Emerson foi escolha técnica. Para o jogo de hoje, jogadores que não vão fazer mais parte do planejamento, junto com minhas escolhas técnicas, ficaram de fora. O Vasco precisa de todos, todos são importantes, mas no dia a dia, eles que se escalam. Com o jogador mostrando que merece uma oportunidade, vamos oportunizá-lo. Nesse caso, principalmente de Galdames, Rojas e Rossi, eram jogadores com quem não estávamos contando. Como entramos em dezembro, preferimos, em respeito aos atletas, comunicá-los para que eles possam seguir a vida deles.

Vasco conseguiu quebrar tabus contra o Atlético-MG. Qual a relevância?

- O primordial, como falei antes, foi a atitude dos atletas. A atmosfera toda ajudou. O torcedor viu que, desde o primeiro até o último minuto, (houve) vontade de vencer e atitude dentro de campo. Algumas situações da parte de organização tática facilitaram. Alex Teixeira mais próximo do Vegetti para ele não ficar isolado, principalmente nas bolas cruzadas, porque o Vegetti é um excelente cabeceador. As pessoas já grudam nele, com o Alex próximo chamou a marcação. Foi um somatório de tudo: atmosfera, atitude dos atletas e do torcedor, a parte de organização tática, os jogadores cumprindo funções... Foi um somatório disso tudo, e acabou acontecendo uma bela partida de toda a equipe.

Fonte: ge

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