Outros tópicos da entrevista coletiva de Álvaro Pacheco

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Os primeiros quatro jogos

- Eu não sou treinador que gosto muito de arranjar desculpas, mas nós chegamos ao Vasco em um momento complicado, de muita transformação e de instabilidade e nós estamos conhecendo o clube e principalmente os seus atletas e aquilo que equipe tem. É evidente que, quando se tem esse resultado, com instabilidade, perde-se algo, perde-se discernimento, e nós não podemos esconder que os dois primeiros adversários foram muitos fortes, treinados há muito tempo, que tem algumas rotinas e jogadores com dinâmicas muito fortes. Nesses três jogos criamos alguma ansiedade.

- Penso que, no último jogo em casa, tivemos uma resposta dentro daquilo que pretendíamos e queríamos. Hoje não fomos capazes de dar essa continuidade, mas acho que isso faz parte do processo, temos que manter a sanidade e percebermos o que hoje foi bom, principalmente mais audácia e capacidade de pensar o jogo. Estávamos preparados para aquilo que o adversário nos cria, mas acho que tem relação com o momento. Precisamos de um pouco mais de tranquilidade e segurança para tomarmos as nossas decisões. E eu, como treinador, tenho que dar aos meus jogadores.

Atuações ruins e clima pesado

- Nós não podemos fugir. Eu, enquanto treinador, não vou fugir. Evidente que é um momento complicado, é um momento que a torcida vascaína está triste, não só com a gente, mas comigo, e isso é compreensível. O que nós temos que fazer é continuar a trabalhar, e o que não podemos fazer é duvidar do que somos e duvidar das nossas capacidades, daquilo que queremos fazer. Há uma coisa que eu sei: temos que trabalhar, todos nós temos que nos unir cada vez mais. É uma situação complicada, percebemos que somos nós que temos que sair dessa situação e todos juntos. O vestiário está triste, cada vez mais a equipe está criando uma relação.

- Não concordo com você quando diz que não teve evolução, acho que, mesmo não sendo um jogo muito bem construído da nossa parte, não faltou atitude, não faltou entrega, não faltou correr, não faltou a eles tentar chegar ao gol. E aí concordo com você: não da forma mais correta, da forma que nós tínhamos treinado,. Nós tínhamos conversado, mas foi mais pelo coração, foi mais pela entrega. Se não tivéssemos essa postura, não teríamos criado as oportunidades que tivemos para chegar ao empate. Agora nos falta a equipe estar mais serene e gerir melhor esses momentos para conseguirmos a vitória. Aquilo que espero é aproveitar isso o que aconteceu, conversar com os atletas e perceber que é muito importante ter essa capacidade e essa serenidade. Sobre o ambiente hostil (em São Januário), acredito, mas temos que ser capazes de pegar isso e transformar em combustível e nos deixar mais fortes, para demonstrar aquilo que nós queremos e puxar os torcedores para o nosso lado. Só existe uma coisa a fazer: é jogar e jogar para ganhar.

Fonte: ge

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