O ponto de intercessão mais recente na carreira de Diniz e Dorival

Dorival Júnior já treinou o Vasco, e Fernando Diniz já jogou no Corinthians. Mas o ponto de intercessão mais recente na carreira dos dois foi a seleção brasileira.

Finalistas da Copa do Brasil, eles buscam um título que consolide a fase posterior a um dos empregos mais desejados: técnico do Brasil. O duelo começa nesta quarta-feira, na Neo Química Arena.

E se foram substituídos pelo italiano Ancelotti, os dois superaram estrangeiros nas semifinais — Luís Zubeldía de um lado e Leonardo Jardim do outro — para se encararem na decisão.

Isso tem outra consequência: como Filipe Luís ganhou Brasileiro com o Flamengo, é certo que só técnicos brasileiros ganharão troféus de elite por aqui em 2025.

Para Diniz e Dorival, a Copa do Brasil virou o caminho mais curto para reforçarem a ideia de que estão entre os principais treinadores do país, apesar da instabilidade dos respectivos times no Brasileirão. O Corinthians foi 13º. O Vasco, 14º.

Ambos não estão nos times mais ricos ou badalados do país, mas um deles pode terminar a temporada campeão da segunda competição mais importante nacionalmente.

Conquistar uma vaga direta na Libertadores, como consequência do título, é outro fator crucial para a perspectiva de cada um em 2026.

Diniz até teve Recopa

Diniz já levantou um troféu na fase pós-seleção: a Recopa, fechando um ciclo vitorioso no Fluminense. Em fevereiro de 2024, quando desbancou a LDU, ele estava há cerca de dois meses fora da seleção, um trabalho que dividiu seu tempo entre Flu e convocações.

Mas depois disso, teve um Brasileirão muito ruim com Fluminense e, depois da demissão, o Cruzeiro.

No Vasco, embora o trabalho tenha flertado com o rebaixamento na reta final do Brasileirão, o modo copeiro foi ativado no clássico com o Fluminense. A classificação veio nos pênaltis.

O Vasco soube melhorar nos momentos de dificuldade. Acho que a gente nesse sentido também imitou a torcida. Quanto mais é testada, mais se apaixona, mais mostra dedicação e se declara cada vez mais apaixonada pelo Vasco. O time, no momento que desceu, vacilou, fomos reconhecendo nossos erros, e se juntando e se fechando como time. Dessa forma, chegamos muito fortes para disputar esses jogos contra o Fluminense. Esperamos nessa semana conseguir se unir ainda mais e fazer dois grandes jogos.
Fernando Diniz

Apesar da saída da seleção, rompendo contrato que deveria durar um ano, o UOL apurou que o treinador sempre manteve a confiança no seu jeito de trabalhar e filosofia de jogo e condução de um grupo de jogadores.

Corinthians é recomeço de Dorival

Foi nos pênaltis também que Dorival desbancou o Cruzeiro no outro lado da chave da Copa do Brasil.

Ele esteve na seleção no período após a saída de Diniz e imediatamente anterior à chegada de Ancelotti.

Quando foi contratado pela CBF, Dorival tinha como respaldo justamente a sequência recente de títulos da Copa do Brasil por Flamengo e São Paulo, em 2022 e 2023, além da Libertadores rubro-negra.

Demitido da seleção em março de 2025, após levar 4 a 1 da Argentina, o treinador encontrou no Corinthians a chance de retomar a carreira e, agora, brigar por um título importante.

"Que os treinadores sejam mais observados. Temos qualidade e capacidade. Não quero que façam comparações, tenho o máximo respeito por todos os profissionais de fora e acho essa integração importante, mas espero um respeito maior da imprensa brasileira de modo geral. Não tenho conflito com ninguém, mas há um processo de desrespeito a todos os profissionais da minha área, e isso é lamentável porque estamos perdendo muitos profissionais", disse Dorival, apontando desrespeito recente com os técnicos brasileiros.

Um troféu ajuda a reforçar o discurso.

Fonte: UOL Esporte

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