Gilmar Ferreira: 'Será que apostar num novo treinador é a melhor saída?'

A possibilidade de uma reviravolta na situação do técnico Ramón Díaz mexe com a autoestima de muitos vascaínos. Mas é de fato um caso que exigirá do gestor responsável frieza e boa leitura de mercado. Ainda fragilizada pelas influências da política no processo de reestruturação, a SAF do clube sofreu revezes importantes no primeiro semestre e colhe agora, no Brasileiro, os frutos amargos de seus erros. O treinador argentino foi abandonado à própria sorte após a demissão do executivo e teve de assumir duplo ou triplo papel na hierarquia de comando. Houve desgaste e o time teve queda de rendimento. Culminando com a eliminação no Estadual e a goleada do Criciúma. Mas será que apostar num novo treinador é a melhor saída? O episódio mal conduzido no vestiário, após o jogo de sábado, mostra bem a falta de um gestor para a pasta. Hoje, olhando para o currículo de Ramón Díaz, percebe-se que quase todos os times dele entregam, em média, mais de 50% dos pontos disputados. Exatamente o que o Vasco almeja na temporada. Ou seja: se a saída do argentino é fruto de convicções de gente capacitada para tal análises, ok! Mas se foi apenas fruto da inexperiência de profissionais que não tiveram o equilíbrio necessário para entender o que um vestiário no pós-jogo de uma derrota acachapante, o melhor mesmo é o novo executivo sentar com Ramón, fazer ajustes de rota, e ir para Fortaleza ainda mais forte  para o duelo pela Copa do Brasil. Porque a continuidade dos trabalhos que já mostraram eficiência costuma trazer melhores resultados do que apostas em refugos do mercado.

Fonte: X de Gilmar Ferreira

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