Família Díaz: Vasco pretende responsabilizar os antigos gestores por dívida

O Vasco perdeu a ação e foi condenado em primeira instância a pagar mais de R$ 30,5 milhões ao ex-treinador Ramón Díaz e seu auxiliar-técnico, Emiliano Díaz. O clube vai recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) - veja nota oficial .

O clube confia na reversão da decisão. No entanto, caso seja obrigado a pagar quaisquer valores à família Díaz, o Vasco irá mover uma ação de regresso e responsabilizar os antigos gestores do clube - a 777 e a A-CAP, além do ex-CEO do clube, Lúcio Barbosa, e da ex-CFO, Katia dos Santos.

Na ação movida pela família Díaz, o clube precisaria pagar os seguintes valores:

• Ramón Díaz: R$ 15.715.072,60 de multa, e R$ 866.528,36 de verbas rescisórias.
• Emiliano Díaz: US$ 2.348.016,30 (13,3 milhões de reais na cotação atual) de multa, e R$ 644.863,87 de verbas rescisórias.

A informação da decisão e dos valores foi publicada primeiramente pelo jornalista Venê Casagrande e confirmada pelo ge.

Relembre o caso

Ramón e Emiliano deixaram o clube após a goleada sofrida por 4 a 0 para o Criciúma no dia 27 de abril de 2024. O imbróglio começou por conta de duas versões distintas adotadas pelas duas partes.

Minutos após a derrota, o Vasco anunciou em seu perfil oficial nas redes sociais que os dois "não faziam mais parte da comissão técnica". A nota não deixou claro o que aconteceu. A dupla se pronunciou pouco mais de uma hora depois, dizendo que não esperava "ser demitida pelo Twitter".

O clube alega que a dupla comunicou o gerente de futebol Clauber Rocha que sairia, assim que o jogo terminou, e a mesma decisão teria sido afirmada à diretoria e levada ao CEO Lúcio Barbosa. O Vasco foi intimado em julho do ano passado a se defender no processo movido pela família Díaz.

Veja nota oficial do Vasco

O Vasco da Gama SAF informa que acaba de ser notificado da decisão proferida pela FIFA nos processos movidos por Ramon Diaz e Emiliano Diaz. Esta decisão decorre do pedido de demissão de ambos, ocorrido em 27 de abril de 2024, período em que a 777 Partners exercia o controle acionário da SAF e a gestão era conduzida por executivos por ela nomeados.

O Vasco da Gama SAF estuda a possibilidade de eventual recurso junto ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Ressaltamos ainda que na hipótese de manutenção da decisão, eventual crédito decorrente desse processo será direcionado ao pagamento de credores no âmbito da Recuperação Judicial.