Elenco do Vasco também convivia com protestos há cerca de 1 ano
Parece filme repetido. Na última terça-feira, o Vasco passou por mais um dia de protestos de torcedores no CT Moacyr Barbosa. A cena já aconteceu há pouco mais de um mês. E, há exatamente um ano, o Cruz-Matino vivia outra crise que gerou manifestações em São Januário, no CT e até no escritório da SAF do Vasco, na Barra da Tijuca.
Desde então, o Cruz-Maltino já está no seu terceiro técnico e no seu terceiro diretor de futebol diferente. Mas algumas situações parecem não terem mudado.
Na época, entre o fim de maio e começo de junho do ano passado, o Vasco também fazia um começo de Campeonato Brasileiro ruim. Sob o comando de Maurício Barbieri e com Paulo Bracks como diretor de futebol, o Cruz-Maltino fez uma campanha parecida com a deste ano, com seis pontos nas sete primeiras rodadas.
Naquele momento, o clube já sofria com protestos que chegaram até ao escritório da SAF vascaína, em um prédio comercial na Barra da Tijuca. Mas situação o clube ficou ainda pior com uma sequência de derrotas.
E, assim como neste ano, uma goleada sofrida para o Flamengo também deu início a uma série de protestos contra o elenco e a diretoria da SAF, na época comandada pela 777 Partners.
No dia 5 de junho, o Cruz-Maltino levou 4 a 1 do Rubro-Negro, no Maracanã. Naquela mesma noite de segunda-feira, um grupo de torcedores protestou em São Januário e vandalizou parte da fachada do estádio.
Duas semanas depois, uma nova derrota para o Goiás transformou São Januário no palco de uma grande confusão, que começou com o protesto da torcida e ficou ainda pior com a ação truculenta e desproporcional da Polícia Militar.
A partida determinou a demissão do técnico Maurício Barbieri. Poucos dias depois, o então CEO da SAF Luiz Mello também deixou o clube. Lúcio Barbosa, então CFO, assumiu o cargo interinamente e foi efetivado no fim da temporada.
Após esta derrota para o Goiás, torcedores do Vasco protestaram no CT Moacyr Barbosa, assim como aconteceu na última terça-feira (5). A confusão em São Januário também acabou gerando a exagerada interdição do estádio pela Justiça do Rio de Janeiro, que durou cerca de 80 dias.
O Vasco acabou contornando a crise no segundo turno do Campeonato Brasileiro, com uma boa campanha de recuperação comanda pelo técnico Ramón Díaz. Ainda assim, só garantiu a permanência na Série A na última rodada, com a vitória sobre o Red Bull Bragantino. No dia seguinte, o diretor de futebol Paulo Bracks foi demitido.
Futebol do Vasco passou por mudanças, mas crise voltou
Depois da luta contra o rebaixamento em 2023, o Vasco passou por mudanças importantes no futebol. A principal delas foi a chegada do diretor de futebol Alexandre Mattos, contratado ainda no fim do último ano.
Conhecido por montar times vencedores, o dirigente animou a torcida do Vasco. No entanto, o resultado passou longe do esperado. Mattos investiu mais de R$ 100 milhões na última janela de transferências, mas o elenco do Vasco seguiu com grandes deficiências.
A queda para o Nova Iguaçu na semifinal do Campeonato, problemas internos com a comissão técnica de Ramón Díaz e a diretoria da SAF, além de uma conversa vazada com um jornalista, acabaram fazendo o diretor ser demitido em abril, 100 dias após a sua contratação.
Ramón Díaz também não ficou muito mais tempo no cargo. E, assim como Alexandre Mattos, em uma nova situação conturbada, com versões diferentes para a saída do experiente treinador argentino, que deixou o clube após a goleada sofrida para o Criciúma, em pleno São Januário.
Agora, com Pedro Martins da diretoria do futebol e Álvaro Pacheco no comando do time, o Vasco tenta sair de mais de uma crise, que surgiu em meio ao imbróglio judicial entre o clube associativo e a 777 Partners. Dessa vez, diferente de 2023, quem comanda a SAF e tentar tirar o Cruz-Maltino deste momento ruim é o ídolo Pedrinho, presidente da Associação.
Fonte: Trivela
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