Correção de rota da diretoria faz o Vasco sonhar com o título; mudanças
Léo Jardim, Paulo Henrique, Carlos Cuesta, Robert Renan, Puma Rodríguez; Barros, Thiago Mendes, Coutinho; Nuno Moreira, Andrés Gómez e Rayan. Este foi o time que eliminou o Fluminense na semifinal da Copa do Brasil e que deve ser a base titular do Vasco contra o Corinthians, na primeira partida da final, nesta quarta-feira. O dado que chama atenção é que seis desses jogadores não estavam no clube na estreia vascaína na competição, em fevereiro.
É verdade que Nuno Moreira chegou a São Januário poucos dias depois, mas o número ainda impressiona: cinco dos 11 titulares foram contratados na última janela de transferências, no meio da temporada. Andrés Gómez, Carlos Cuesta e Thiago Mendes, por exemplo, estrearam como titulares na Copa do Brasil apenas nas semifinais, contra o Fluminense. Cauan Barros e Robert Renan jogaram a competição nas quartas de final, diante do Botafogo.
Na estreia do Vasco na Copa do Brasil, contra o União Rondonópolis, ainda sob o comando de Fábio Carille, o time teve Lukas Zuccarello, da base, e Alex Teixeira, que vinha sendo utilizado como titular no início do ano. O treinador ainda não contava com reforços que chegariam depois, como Nuno Moreira, Garré e Loide.
Veja a mudança do time que estreou na competição para o que chegou à final
- Léo Jardim → Léo Jardim
- Paulo Henrique → Paulo Henrique
- João Victor → Carlos Cuesta (contratado em setembro)
- Lucas Freitas → Robert Renan (contratado em agosto)
- Lucas Piton → Puma Rodríguez (improvisado)
- Hugo Moura → Cauan Barros (chamado de volta em agosto)
- Tchê Tchê → Thiago Mendes (contratado em julho)
- Coutinho → Coutinho
- Alex Teixeira → Nuno Moreira (contratado em fevereiro)
- Lukas Zuccarello → Andrés Gómez (contratado em agosto)
- Vegetti → Rayan (mudou de posição)
- Fábio Carille → Fernando Diniz (contratado em maio)
Mas por que o Vasco mirou essas posições específicas? Como o clube chegou a cada um desses nomes? O ge explica abaixo.
Janela de transferências
Após a chegada de Admar Lopes e Fernando Diniz ao Vasco, o clube teve pela primeira vez uma grande sintonia entre o que comissão técnica, departamento de futebol e presidência pensavam sobre futebol. A ideia de montar um time ofensivo e protagonista passou a nortear as decisões, em contraste com o que vinha sendo apresentado sob o comando de Fábio Carille.
Ao fazer uma avaliação interna, a diretoria reconheceu erros nas duas primeiras janelas do ano e promoveu uma correção de rota. Mudaram o perfil das contratações e a forma de atacar o mercado.
As prioridades eram claras: um zagueiro, um volante e um ponta. A ideia inicial era ter um zagueiro para atuar ao lado de João Victor, um volante para dividir o meio com Tchê Tchê e um atacante de velocidade para disputar posição pelo lado direito. Também já existia o plano de usar Rayan mais centralizado, mas para isso seria necessário mais um ponta de nível titular, além de Nuno Moreira.
Os nomes identificados para essas funções foram os de Carlos Cuesta, Thiago Mendes e Andrés Gómez.
A mudança na filosofia
Além da proatividade nas negociações, o principal trunfo de Admar Lopes foi implementar uma nova política de contratações. Com orçamento limitado, o Vasco deixou de apostar apenas em jogadores sem custos ou em apostas caras e passou a buscar atletas de alto potencial em baixa, disponíveis para empréstimos com opção de compra.
Dos três primeiros alvos, Andrés Gómez foi o nome em que Admar teve maior participação direta. O colombiano já era monitorado pelo diretor desde sua época no scout europeu. Thiago Mendes, velho conhecido de Admar dos tempos de Lille, foi o primeiro a ser contratado. Livre no mercado após passagem pelo Al-Rayyan, do Catar, o volante foi escolhido para qualificar o meio de campo.
A ideia era ter um jogador com mais poder de marcação ao lado de Tchê Tchê, mas sem perda técnica na saída de bola. Internamente, entendia-se que faltava força defensiva a Jair e mais dinâmica a Hugo Moura.
Se a negociação por Thiago Mendes foi rápida, as tratativas por Gómez e Cuesta foram mais complexas. O Vasco enfrentou jogo duro de Rennes, da França, e Galatasaray, da Turquia. Após idas e vindas, os colombianos chegaram por empréstimo, ambos com opção de compra.
Antes de fechar com Cuesta, porém, o Vasco sofreu duas baixas importantes na defesa, setor considerado o mais urgente a ser reforçado. João Victor recebeu proposta do CSKA, da Rússia, e pediu para sair. Luiz Gustavo foi vendido após oferta do Grupo City. Assim, além de Cuesta, o clube precisou buscar mais um zagueiro: Robert Renan, desejo antigo de Fernando Diniz.
O treinador vascaíno perseguiu o zagueiro brasileiro, que estava no Zenit, com ligações quase diárias. Fora dos planos do clube russo e querendo voltar ao Brasil, Robert Renan foi contratado pelo Vasco, novamente em um empréstimo com opção de compra. A qualidade técnica do defensor foi altamente recomendada por Pedrinho, Felipe, Admar e Diniz, que ficaram muito satisfeitos com a contratação.
Diniz participou de todas as negociações e foi determinante no convencimento dos atletas a comprarem o projeto do Vasco.
Mas o acerto mais inesperado da janela de transferências já pertencia ao Vasco. E ironicamente estava emprestado para outro clube. Cauan Barros, volante cria da base do clube, foi chamado de volta. A ideia partiu de Pedrinho, Felipe e Carlos Amodeo depois de Admar Lopes receber uma proposta do Cruzeiro pelo volante. Diniz já o conhecia e concordou com a volta do jogador.
Gómez e Cuesta foram os últimos a chegar, mas tiveram impacto imediato. Cauan Barros e Robert Renan receberam as primeiras oportunidades justamente nas quartas de final da Copa do Brasil, contra o Botafogo, e foram protagonistas. O volante foi o melhor em campo nos dois jogos, enquanto o zagueiro converteu o pênalti decisivo da classificação.
Thiago Mendes, primeiro a chegar, demorou a mostrar a que veio. O volante desembarcou no Rio um nível físico muito abaixo dos demais. Em um momento em que Hugo Moura e Tchê Tchê se revezavam para ver quem jogava ao lado de Barros, Mendes fez trabalhos específicos e entrou em forma no momento certo. O trabalho foi recompensado. O jogador recebeu oportunidade contra o Internacional no time titular e não saiu mais desde então. Fez duas grandes semifinais contra o Fluminense.
Assim, o Vasco conseguiu reforçar o elenco seguindo três pilares definidos no meio do ano: mais saúde física, contratações dentro do orçamento e jogadores alinhados ao estilo de jogo do treinador. O resultado foi um time reformulado, mas competitivo e finalista da Copa do Brasil.
Fonte: ge
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