Balanço das três primeiras partidas do Vasco no Carioca
O Vasco tem poucas coisas positivas a serem tiradas das primeiras três rodadas do Campeonato Carioca. Ao fim do período em que o clube usou um elenco alternativo, composto por jogadores da base, atletas que retornaram de empréstimo e outros do principal que atuaram para ganhar minutagem, o torcedor vascaíno viu poucas peças que serão mais aproveitadas em 2025. O empate em 1 a 1 contra o Boavista foi o pior da sequência de três empates neste início do Carioca.
Dos três primeiros jogos, este foi o que mais tinha a cara do grupo principal. Paulo Henrique, Hugo Moura e Mateus Carvalho, titulares na maior parte da temporada de 2024, começaram jogando contra o Boavista para ganharem ritmo de jogo. Jean David e Maxime também iniciaram entre os 11, em uma tentativa de acelerarem suas adaptações ao futebol brasileiro, mas não corresponderam.
Coletivamente, pouco se podia esperar de um time que sofreu com mudanças ao longo das três semanas de preparação. Mas esperava-se mais dos comandados de Ramon Lima nas três partidas, sobretudo individualmente. O Vasco errou muito no primeiro tempo contra o Boavista.
Em um desses erros, o Boavista foi fatal. Em um lance no qual Paulo Henrique tentou driblar desde o campo defensivo, o lateral foi desarmado e deu o ataque para o time de Saquarema. A jogada parecia resolvida quando Souza tomou a frente, mas o agora zagueiro foi superado com tranquilidade pelo atacante adversário, que deu a assistência para Zé Marcos, ex-Vasco, marcar.
Carência de qualidade
O Boavista, naturalmente, abaixou as linhas de marcação e deu a bola para o Vasco armar as jogadas. No entanto, o time sofreu por estar engessado em campo. Paulo Henrique e Victor Luís deram pouca qualidade ao ataque, enquanto a dupla de volantes, apesar de combativa, oferecia pouco com a bola, com Hugo e Cocão lado a lado. Jean David, centralizado, ficou escondido em quase todo o primeiro tempo.
O Vasco dependia de Serginho e Maxime para a criação das jogadas. O ponta-esquerda teve mais uma atuação apagadíssima, enquanto o suíço teve uma atuação abaixo da que teve contra o Bangu, quando atuou em uma função mais central, em vez de ser utilizado na ponta direita, como aconteceu contra o Boavista neste domingo.
No segundo tempo, o Vasco melhorou com um meio de campo mais estruturado. Sforza deu mais qualidade à saída de bola, enquanto Mateus Carvalho e Hugo Moura jogaram de forma mais avançada. A bola passou mais pelo meio de campo, mas o time pecava nas tomadas de decisões ao fim das jogadas. Faltou força e poder de finalização ao ataque. O time chegava ao ataque, mas não finalizava com qualidade ao gol.
Estreia de Walace
O Vasco chegou ao empate com um jogador pouco conhecido do torcedor vascaíno. Novidade na relação, Walace foi escalado como lateral-esquerdo. Apesar de ser zagueiro, teve uma boa atuação e foi determinante para salvar o Vasco da derrota.
Em três escanteios no segundo tempo, Walace levou a melhor e já dava sinais de ter força na bola aérea. Em cruzamento de Hugo Moura, o zagueiro subiu mais alto que todo mundo para empatar a partida. Ele se emocionou na comemoração e foi abraçado por todos os companheiros.
Balanço do Carioca
Das primeiras três rodadas, o Vasco pode tirar poucas coisas para o restante da temporada. O que mais animou nesses período foram as atuações de Jair e Paulinho no segundo jogo e as revelações Paulinho Silva (o lateral) e Luiz Gustavo.
Zé Gabriel, De Lucca e Serginho não aproveitaram as oportunidades e não devem sequer ter mais oportunidades daqui para frente. Jean David e Maxime, por mais que tenham ganhado minutagem, mostraram que dificilmente serão as soluções que o elenco principal do Vasco precisa para o ataque.
Souza também não aproveitou a oportunidade na defesa e teve um erro determinante na partida contra o Boavista. O volante, que agora é zagueiro, deve estar no fim da fila do elenco também na nova posição, após as chegadas dos três reforços contratados para a defesa.
Uma observação, no entanto, deve servir de lição: o Vasco precisa de reforços para o time titular e para o time reserva.
Enquanto o torcedor tem esperanças de um Brasileirão tranquilo com uma espinha dorsal que se desenha, com Léo Jardim, Paulo Henrique, Piton, Maurício Lemos, João Victor, Tchê Tchê, Paulinho, Coutinho, Adson e Vegetti, faltam opções para o ataque titular e reserva. É fundamental para a temporada que o clube tenha à disposição, sobretudo, mais opções que entreguem gols e assistências em 2025.
A temporada começa para valer na próxima quinta-feira, com a volta do grupo principal. Em termos de classificação, já é fundamental uma vitória contra o Madureira. O Vasco tem a obrigação de estar entre os quatro semifinalistas do Carioca e precisa voltar a vencer para não ficar para trás.
Fonte: ge
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