Atitude de Rony faz a ida para o Atlético-MG ainda não ser concretizada

Se a situação de Rony no Palmeiras não era das melhores, ela com certeza piorou depois de toda a confusão que se desenrolou durante a última quarta-feira.

Relacionado para apenas um jogo dos oito que o Verdão fez até aqui na temporada, o atacante foi colocado à venda pela diretoria e ficou muito próximo de se despedir outra vez.

Mas a atitude de Rony e seus representantes, ao aceitar uma oferta do Vasco, fez a transferência para o Atlético-MG ainda não ser concretizada, deixando assim o clima no Palmeiras insustentável para a sequência da parceria.

Na terça-feira à noite, o empresário de Rony, Hércules Júnior, avisou a diretoria palmeirense que havia aceitado o salário do Galo e que iriam se transferir para lá. No início da tarde de quarta, porém, uma proposta do Vasco apareceu e o representante voltou atrás.

O Palmeiras, que já estava trocando documentos com o clube mineiro, manteve a sua palavra e pediu para que Rony também mantivesse a sua. A única transferência possível seria para o Atlético-MG.

A reportagem do ge soube, inclusive, que o Galo já produzia o vídeo de anúncio, mas com esse imbróglio todo o negócio se tornou uma incógnita.

Toda a situação pegou muito mal para o jogador no clube. Isso porque não foi a primeira vez que coisas do tipo geram desconforto quando se trata de Rony e as pessoas que gerem a carreira dele.

Desde que o Palmeiras decidiu que o atacante não estaria nos planos para 2025, há o entendimento que Hércules faz o possível para que Rony cumpra seu contrato até o fin de 2026. O salário e o tempo morando em São Paulo são os principais pontos para ele não querer sair.

No começo do ano, o Fluminense ficou bem próximo de conseguir a contratação. O Verdão entrou em acordo pela venda, mas o negócio travou quando iniciaram as tratativas sobre os vencimentos. Hércules pedia mais do que Rony ganhava no atual clube. A transferência melou.

Rony seguiu treinando com o elenco após a recusa e ganhou uma chance de atuar no último domingo, diante do Água Santa, pelo Campeonato Paulista. Foi o seu primeiro jogo na temporada.

Desta vez, se o acordo com o Atlético-MG não for fechado, as chances devem ser ainda mais escassas e a relação no dia a dia do clube ainda mais complicada.

Dudu parte 2?

O cenário vai ficando muito parecido com o que aconteceu com Dudu no ano passado. O atacante havia dado a sua palavra para o Cruzeiro que iria se transferir para o clube mineiro, que chegou a anunciá-lo nas redes sociais.

A repercussão negativa, porém, fez o jogador voltar atrás na decisão, e o Palmeiras se viu obrigado a reintegrá-lo. A sua relação com a presidente Leila Pereira, que já era ruim, só piorou. Dudu foi utilizado por Abel em algumas ocasiões, mas a mandatária já havia citado que via como um "final de ciclo" dele no clube.

No começo de janeiro, em meio às negociações com o Fluminense, Leila voltou a repetir o termo, agora para Rony. No entanto, fez um adendo:

– O Rony sairia pela porta da frente. O Dudu saiu pela porta dos fundos.

Com as recentes negociações frustradas e com a nova atitude de Rony, o seu status pode ficar muito parecido com o que Dudu teve ao se despedir, no final do ano passado.

Com a torcida, o seu moral vai ficando ainda menor, e a saída vai se tornando o caminho mais viável.