Análise: Vasco esboça caminhos para mudanças, mas ainda sucumbe à pressão
Recuperar-se de uma goleada sofrida para um rival, principalmente nas circunstâncias que o Vasco viveu, nunca é fácil. Menos ainda quando o compromisso seguinte é justamente contra o atual campeão brasileiro, Palmeiras, em pleno Allianz Parque. Mas a atuação na derrota por 2 a 0 para o alviverde mostra que o cruz-maltino está muito longe do ideal. Com apenas oito rodadas disputadas na competição, a campanha preocupa.
São apenas seis pontos. O time é o 14º e a pior defesa do campeonato, agora com 19 gols sofridos. O próximo jogo é contra o Cruzeiro, em São Januário, no domingo.
Os números após o primeiro tempo são significativos. Foram 22 finalizações do alviverde, contra quatro cruz-maltinas. Um cenário defensivo extremamente dramático se levadas em conta, também, as 30 finalizações permitidas ao Flamengo na rodada passada.
Com 11 dias de intervalo e espaço para treinos desde a estreia, o técnico Álvaro Pacheco parece até ter uma ideia de jogo em construção, mas a evolução vem sendo travada pela falta de confiança e pela profusão de erros técnicos.
No primeiro gol, marcado por Piquerez, em que pese a ótima jogada de Estêvão, o Vasco sofreu na transição após jogada improdutiva de Maicon no ataque. Antes, já havia sofrido muita pressão dos donos da casa, com várias intervenções de Léo Jardim.
Diferença no volume de jogo
A entrada de Zé Gabriel pelo meio trouxe leve melhora à saída de bola e ao combate. Mas Galdames e Sforza — que entrou no primeiro tempo, após contusão na cabeça de Rojas — destoaram. Mais exposição para defesa.
David, de volta aos relacionados e titular, deu um pouco mais de repertório ao ataque, mas dificilmente conseguia conectar com Vegetti, novamente uma ilha no ataque e que só era encontrado em cruzamentos a esmo.
O segundo tempo trouxe um pouco mais de inspiração ofensiva ao Vasco, principalmente após a entrada de Adson. Foi quem teve a melhor chance de empatar em boa trama de contra-ataque.
A diferença de volume de jogo, todavia, pesou e Rony ampliou. O domínio alviverde foi brevemente abalado pelo gol de Vegetti bem anulado após consulta do árbitro ao VAR.
Fonte: Agência O Globo
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