A coletiva de Lúcio Barbosa nesta quinta-feira (07)
CEO do Vasco, Lúcio Barbosa concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira. O executivo começou agradecendo à torcida e aos funcionários que se dedicaram pela permanência do clube na Série A, mas não escondeu a frustração depois de um ano inteiro com o time lutando para não cair.
- Queria primeiro agradecer à torcida do Vasco, sentimos muito quando São Januário ficou fechado, e a torcida empurrou o time nos momentos mais difíceis. Sempre na história do Vasco aconteceu isso, desde a construção de São Januário. Obrigado a todos os funcionários, que se dedicaram e trabalharam com um sorriso no rosto e não tiveram dúvida. Isso contagia e fez a gente ir além - disse Lúcio.
- Comissão técnica maravilhosa. Isso prova que quando todos os vascaínos estão juntos, a gente é imbatível. Conseguimos algo que era tido como impossível. Essa madrugada, essa manhã, a gente conversou muito e ninguém está feliz no Vasco. A gente está aliviado e muito frustrado por tudo que a gente passou esse ano, e todos somos responsáveis. O que a gente conversou é que a gente não pode mais aceitar isso. O Vasco não merece isso, e ano que vem a gente vai fazer diferente - completou o CEO.
Outras declarações de Lúcio Barbosa:
Mensagem inicial e demissão de Bracks
- Sei que muitos focam nos últimos 20 anos de dificuldades. Mas se a gente perguntasse para qualquer clube do Brasil se ele aceitaria receber os 20 anos de passivo tendo os 105 anos de ativo, tenho certeza que todos aceitariam. O Vasco tem uma história muito bonita e não podemos esquecer. Vamos lutar por isso para 2024 em diante.
- É muito ruim terminar o campeonato como terminamos, mas o nosso planejamento é de longo prazo. Quando você tira a fotografia de um período curto, um ano é muito catastrófico. E num planejamento de 50 anos, um ano é importante, claro, mas menos catastrófico. Estamos trabalhando junto com a 777 e com o clube.
- Esse plano de longo prazo traz de volta o projeto do Vasco como protagonista. A gente vai brigar na parte de cima da tabela e identificamos que era preciso mudar o perfil e, por isso, conversamos com o Paulo Bracks, a quem agradeço muito, é um grande profissional. Hoje, comunicamos que o Paulo não faz mais parte da diretoria do Vasco e, nos próximos dias, a gente deve conversar novamente sobre possíveis nomes.
- Gostaria de agradecer ao departamento de futebol, à comissão técnica e todos os atletas. Eles foram capazes de virar um jogo que estava muito complicado. Em todas as vezes o clima foi de confiança, eu vi, conversando com todos, que a gente vai chegar lá. Como disse Ramón, o Vasco não caiu.
Houve demora nas trocas dentro do futebol?
- Nenhuma decisão no futebol é simples, envolve muitas coisas. Acho que a gente demorou um pouco, sim. Por isso também a gente está mudando agora, a gente aprendeu. Daqui para a frente a gente pretende agir com mais velocidade.
Paulo Bracks
- Já tínhamos conversas sobre os perfis, sobre o que a gente gostaria de fazer diferente. A decisão foi difícil, porque ele é um grande profissional. Muitos o criticaram por ele ter sumido, mas acho que foi um grande ato. Ele apareceu na hora ruim e, quando começou a melhorar, deixou os outros aparecerem. Durante essa madrugada a gente conversou bastante, e a decisão foi tomada.
Objetivo antes do Brasileiro
- O objetivo era pelo menos estar na pré-Libertadores. Nossa filosofia é ser competitivo, vamos continuar buscando isso. O Ramón e o Emiliano falam muito sobre competir, a gente fez uma campanha de G-7 no segundo turno. Isso que buscamos.
Ramón Díaz
- Ele tem contrato até dezembro de 2024 e queremos mantê-lo. Ele já comprovou sua qualidade e aonde ele pode levar o Vasco daqui para a frente.
- É um trabalho em conjunto, claro que tem a opinião do Ramón, vamos trabalhar juntos com o próximo diretor de futebol. Todas as partes têm que ser ouvidas, o Ramón vai saber o que a gente precisa mexer para brigarmos na parte de cima da tabela.
Alexandre Mattos é cotado?
- Vamos falar sobre os nomes posteriormente. Mas isso é importante (que seja alguém com carreira vitoriosa). A decisão tem que ser rápida, devemos anunciar nos próximos dias.
Orçamento
- A gente espera que o orçamento seja algo similar ao que a gente teve esse ano. Sobre a janela de transferência do dinheiro, a gente conversa muito com a 777, houve antecipações esse ano por causa das necessidades e pode acontecer no ano que vem.
Dívidas
- Foi um ano desafiador, não só pela parte financeira, mas pela parte de controles internos. Temos quitado todas as dívidas com clubes, e assim que temos que colocar o Vasco no mercado. É difícil, porque assumimos uma dívida de mais de R$ 700 milhões, é muita coisa para pagar. No último um ano e meio, a 777 colocou R$ 310 milhões no Vasco. No ano que vem, vai colocar mais R$ 270. Isso vai nos ajudar a colocar tudo em dia. Está tudo em dia. Salários, férias, 13º, CRND, RCE.
- Foi um ano de recordes em todos os aspectos. De receitas comerciais, vendas de atletas, despesas, custos, investimento. Como o Paulo falou, a gente quase quadriplicou o valor do nosso time. Tudo acontecer dentro de um ano é muito complexo. Foram decisões rápidas, e a maioria acertada.
Você será efetivado como CEO?
- Eu aceitei o desafio (assumir vaga de Luiz Mello), porque não tem como dizer não se o Vasco precisa. Aceitei porque acreditava. Existe a possibilidade de eu ficar, fico muito honrado de poder representar o clube que eu sempre torci, desde criança. Temos que tomar mais ações, ser mais rápidos e mais certeiros.
Aporte de 2024 e verba para investir na janela
- A gente não fala de números, mas vamos competir no mercado contra os grandes times por jogadores que sejam do tamanho do Vasco e que consigam jogar aqui, porque não é para qualquer um.
Centro de treinamentos
- Tem investimento previsto para o CT. Temos um projeto, teremos um investimento grande. A estrutura é muito importante e precisamos dar condições para os nossos atletas.
Fonte: ge
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