777 teria recebido proposta para vender sua participação no futebol do Vasco
A 777 Partners já tem em mãos uma proposta de cerca de R$ 600 milhões para vender sua parte nas ações da SAF do Vasco. A Super Rádio Tupi apurou que um grupo, ainda não conhecido até o momento, já apresentou os valores para a empresa norte-americana para que abra mão de sua participação no futebol vascaíno, mas que a oferta encontra resistência. O motivo: a 777 pretende levar a briga judicial com o clube até onde conseguir.
De acordo com informações apuradas, a 777 aceitaria vender suas ações na SAF do Vasco (de 70%) por R$ 600 milhões. Desde sua chegada, há quase dois anos, a empresa norte-americana já investiu pouco mais de R$ 310 milhões no clube. Mas, mesmo com uma boa oferta como esta na mesa, a venda encontra resistência interna. Afinal, no entendimento dos sócios, aceitar a oferta e deixar o Vasco definitivamente seria uma espécie de ‘confissão de culpa’ e demonstraria fragilidade diante de outros credores.
A situação da empresa levanta preocupações, pelas denúncias que chegam dos Estados Unidos e da Europa. Na Justiça norte-americana, a holding é alvo de processo por parte de um fundo inglês, que exige receber R$ 10 bilhões do fundo de Josh Wander, que atuava como CEO da 777. O cenário é parecido na Europa, onde a empresa é dona do Standard Liège, da Bélgica. Acusada de não pagar quase R$ 20 milhões ao clube, a empresa teve seus bens bloqueados no país, também por decisão judicial.
Dessa forma, a 777 pretende ‘dobrar a aposta’ em sua briga judicial com o clube. Ela garante que tem cumprido com todas as suas obrigações junto ao clube. Por outro lado, o Vasco sustenta um argumento contrário e garante que a empresa não tinha condições de continuar gerindo o futebol. Atualmente, ele segue sob comando da associação, por conta de uma liminar impetrada pelo clube.
Vasco observa situação de longe
Em meio a tudo isso, o Vasco segue observando de longe a situação. Como não tem poder de aceitar ou recusar uma oferta feita diretamente à 777, o clube vive a possível expectativa de mudar de mãos no futebol. Enquanto isso, o presidente Pedrinho, que já tinha garantido de que não deixaria os salários atrasarem, vai realizando uma engenharia financeira para manter as contas em dia.
O Conselho de Administração da SAF vascaína é composto pelo próprio Pedrinho, assim como o vice jurídico do clube, Paulo Salomão e o vice de relações institucionais, José Luiz Trinta. Este grupo deverá, até a próxima semana, nomear um novo CEO para a sociedade, após a saída de Lucio Barbosa, no começo da semana. Pedro Martins, como supervisor, e Felipe, diretor técnico, seguem em seus postos no futebol vascaíno.
Fonte: tupi.fm
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