Futebol

Altos e baixos nas despedidas de craques

Romário ouviu diversas vezes, na reta final da sua carreira, que estava jogando por mais tempo do que deveria. Em sua defesa, o jogador pode dizer que foi artilheiro do campeonato nacional três anos antes de encerrar a carreira, em 2005, e que se despediu do futebol por um time de ponta da sua terra natal.

Entre craques de outros países que penduraram as chuteiras neste século, alguns podem se orgulhar da maneira como se despediram - e outros, nem tanto. No meio de altos e baixos, provavelmente ninguém saiu de cena tão em alta como o francês Zidane.

Cabeçada à parte, o jogador estava no meio de um contrato com o clube mais poderoso do mundo, era titular do Real Madrid e comandou sua desacreditada seleção à final da Copa do Mundo na Alemanha, em 2006. E a agressão ao italiano Materazzi nem afetou muito a sua imagem, como ficou demonstrado em sua passagem pelo Brasil, em março.

O holandês Bergkamp também saiu por cima. Ainda que já não fosse titular, manteve-se no forte Arsenal, clube ao qual chegara 11 anos antes. Na partida de despedida, 54 mil torcedores compareceram ao novo Emirates Stadium para assistir ao amistoso entre o time inglês e o Ajax.

Outros jogadores continuaram sendo reverenciados, mas em clubes menores. São os casos do alemão Bierhoff e do italiano Roberto Baggio, que atuaram por Chievo Verona e no Brescia, respectivamente.

Há os jogadores que aproveitaram seu prestígio para faturar no fim de carreira. O argentino Batistuta, artilheiro no Fiorentina e no Roma, teve uma passagem curta pelo Inter de Milão e deixou o futebol vestindo a camisa do Al-Arabi, do Qatar. Ganhou US$ 8 milhões por um contrato de dois anos.

O espanhol Fernando Hierro, ídolo do Real Madrid na década de 90, foi rival de Batistuta no futebol do Qatar, defendendo o Al-Rayyan. Diferentemente do argentino, ele ainda estendeu um pouco a sua carreira, atuando pelo Bolton.

Melhor jogador do mundo em 1995, o liberiano George Weah foi aos Emirados Árabes para defender o Al Jazira, aos 35 anos.

Fonte: ge