Alfredo Sampaio: O comando é de um só
Um dia depois de extravasar sua raiva, sair mais cedo do treinamento e discutir com o técnico Alfredo Sampaio, Edmundo apareceu ontem em São Januário mas permaneceu o tempo todo na sala de musculação. Tal qual uma fera ferida, enclausurada em sua jaula, o Animal sequer entrou em campo, dando indícios de que ainda não fez as pazes com o comandante vascaíno. Intolerante a atos de indisciplina, Alfredo Sampaio quebrou o silêncio e declarou que expulsou Edmundo do treino, mas negou ter sido ofendido pelo atacante.
“O Edmundo não abandonou o treino, eu o tirei. Durante os treinamentos, o comando é de um só e não abro mão disso. Sabendo que o Edmundo é um jogador explosivo, procuro entender o seu lado. Mas não posso perder o comando dentro de campo. Não vou tolerar qualquer ato de indisciplina”, afirmou o treinador.
Logo em seguida, Sampaio deu a sua versão da briga, pondo fim a hipótese de que Edmundo havia reclamado por ter sido trocado de posição.
“Estávamos fazendo um trabalho de dois toques, dentro do coletivo. O time reserva começou a dar até três toques na bola em alguns momentos. O Edmundo, então, disse para os titulares fazerem o mesmo. Mas, na verdade, eu não estava permitindo os três toques. É que, dependendo da situação, eu deixo o jogo correr solto. Aí o Edmundo se irritou e tive que tirá-lo do treino”, explicou o treinador, reconhecendo que não havia razão para tamanho destempero.
“Acho que não havia motivo para tanta irritação, mas cada um tem o seu temperamento. Aqui não é nenhum quartel, mas sempre vou priorizar a disciplina”, completou.
Sem medo do reencontro
Alfredo Sampaio sabe que a rotina de trabalho no clube colocará os dois frente a frente quando menos se esperar. O treinador não teme a hora do reencontro e afirma que o fato não atrapalhará o restante do grupo.
“Costumo resolver as questões e já virar a página. Vou tratar o Edmundo como o restante do grupo. Se ele não der mais espaço para brincadeiras, não brinco. Passei aos jogadores que isso não pode nos afetar, nem nos desestabilizar. Tenho uma relação boa aqui no Vasco, mas é claro que num grupo grande, com mais de 30 jogadores, alguém pode não me achar bacana”.
Prestigiado pela diretoria cruzmaltina, Alfredo Sampaio espera corresponder à altura.
“O presidente foi claro ao declarar que tem a intenção de contar comigo. É fácil trabalhar no Vasco. Tem regras, conceitos e tudo é dito na cara. Nunca pensei em abandonar o cargo, mas quando perceber que não estou sendo útil, eu mesmo peço para sair. Cheguei no clube pela porta da frente e quero sair da mesma forma”, concluiu.
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