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Alexandre Pássaro: 'Os jogadores confiam no Marcelo Cabo'

Alexandre Pássaro, diretor executivo de futebol, se manifestou nesta sexta-feira sobre o momento do Vasco - o time caiu para o 11º lugar da Série B, após perder para o Cruzeiro, e acumula três derrotas em seis jogos. Ao contextualizar que demissões de treinadores no futebol brasileiro, especialmente em São Januário, nem sempre se mostraram produtivas, o dirigente elogiou o trabalho de Marcelo Cabo, reconheceu que o time está devendo e cobrou resultados imediatos. Tanto que definiu o confronto com o Brusque, domingo, como jogo-chave.

Em cinco vídeos divulgados pela assessoria do Vasco, Pássaro analisou o trabalho feito no departamento do futebol. Em determinado momento, disse que não é a primeira vez que convive com "desejo em massa de troca de treinador." Porém, indicou que o trabalho terá continuidade:

- A relação do Cabo comigo, com o presidente e com os jogadores é saudável. Não tem jogador aqui que mina o trabalho do treinador. Os jogadores confiam no Marcelo Cabo. Eles buscam em conjunto por soluções. A gente não quer mais que só a performance seja boa. Isso não basta. Queremos resultados positivos. Temos a necessidade de pontuar e acreditamos no Marcelo. No domingo é jogo-chave para mostrar como será o nosso campeonato daqui para frente.

Pássaro destacou que o trabalho é para dar regularidade de atuação e de resultados ao Vasco. Admitiu que o time está devendo, mas enfatizou que a competição ainda está no começo. Após a derrota para o Avaí, a pressão externa por troca de treinador foi intensa, mas a vitória sobre o CRB acalmou os ânimos.

- Os fatores que causam a oscilação do Vasco no começo da Série B... A gente busca entender isso a todo momento. A gente dorme e acorda pensando nisso. O que a gente tem entendido é de que o Vasco não tem sequência de bons resultados para se fixar na tabela, mas também não temos uma sequência de resultados negativos, o que evidenciaria um cenário catastrófico. Os resultados não estão condizentes com o que temos de fazer como Vasco e com a expectativa e necessidade de todo mundo. Temos de entender que o que passou de campeonato foi 15%. Abaixo da expectativa de performance e de resultado, o Vasco está a três pontos do G-4. Temos três jogos em casa e esperamos fazer pontos para apagar o começo ruim. Neste bloco de seis jogos, tivemos desempenho abaixo, o que nos causou decepção. Bastante decepção. Não estamos satisfeitos. Está abaixo do esperado. A gente sabe que estás devendo. Ninguém aqui está conformado. A gente tem cobrado e si cobrado. Eu não me eximo de culpa. Mas ainda tem muita coisa para rolar pela frente - afirmou o dirigente.

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Marcelo Cabo

Não é a primeira e nem a última vez que a gente convive dentro do departamento de futebol com a pressão e com esse desejo em massa de troca de treinador. Nem sempre isso se mostrou correto. Ou produtivo. Aqui no Vasco, se pegar o passado recente, mesmo sem citar nomes, a gente sabe o que ocorreu. O que acontece não é nada diferente do que ocorreu nos últimos anos. Se pegarmos exemplos, aqueles clubes que conseguiram furar essa onda e passar para o outro lado são os que têm hoje maior estabilidade. Tentamos fazer isso aqui. Ninguém vai arriscar resultado e tabela em troca de um ideal de manutenção de treinador. Aqui nos preocupamos com a missão de subir na tabela. Mas não vamos subir na sexta rodada ou parar de subir na sétima. De nada adianta sermos como o Paraná. No ano passado, neste momento, tinha 14 pontos e, no final, caiu para a Série C. De nada adianta sermos o Vasco do ano passado. Nesta rodada, despontava como candidato a titulo e Libertadores e hoje está na Série B, depois de três trocas de treinador. Aqui a gente avalia o trabalho.

Avaliação do trabalho

Avaliação do trabalho é muito difícil, no qual nos foi entregue um cenário complicadíssimo lá em fevereiro. Com o rebaixamento e com a quantidade de salários atrasados que tínhamos. Complicado não só para o futebol, mas para a gestão em si. Nesses quatro meses, muitas das coisas que se imaginavam difíceis de serem feitas, a gente conseguiu dar bom andamento. A reformulação do elenco, a credibilidade que trouxemos de volta ao Vasco nas notícias, no relacionamento com os jogadores e com clubes. É lógico que a gente persegue ainda melhores resultados, uma sequência de resultados. O Vasco tem de parar de oscilar, isso nos custa na classificação. A Avaliação é crítica e diária. A todo momento a gente vê quais pontos temos de atacar para termos performance e resultados dentro de campo. A gente tem uma grande evolução na parte administrativa e uma evolução, sim, na parte de futebol, mas que ainda precisa ser acelerada. A gente não tem mais tempo a perder

A relação com presidente

A relação com o Salgado é muito boa assim como com os demais vices. Tudo o que foi prometido... A relação é de muitos trabalho e de convicção no que fazemos do que em promessas. Tenho tido condições e respaldo no trabalho. O presidente está no CT pelo menos uma vez por semana. Hoje mesmo, ele conversou com o Marcelo Cabo. Todas as pessoas que estão alinhadas com isso entendem e valorizam todo o trabalho que está sendo feito. Sabendo, claro, que esta área sempre vamos precisar de ajustes. Eu também sei que o futebol tendo resultado positivos, tudo no clube tende a ocorrer da melhor forma.

Reforços

O Vasco não vai destruir e reconstruir um time nesse momento da temporada. Era o que era feito, com jogadores chegando a todo momento. Mesmo com carências, o Vasco tem uma equipe com condições de fazer mais do que tem feito. Os times que ganharam da gente tinham mais carências do que esse elenco aqui. Isso frustra. Antes de achar que a solução está fora do clube, temos de cobrar internamente. A mim e ao Marcelo. Precisamos de melhores resultados. Estamos atento ao mercado. Atualmente, a janela está fechado e só podemos contratar atletas de Série A ou B com seis jogos no máximo. Em agosto, o leque fica melhor. Não vamos esperar agosto para se mexer. Estamos nos cobrando aqui dentro. Temos de resolver a performance e o resultado que não está sendo entregue para depois agregar algo. E não o contrário.

Fonte: ge