Futebol

Alexandre Faria não está 100% garantido no cargo

Foram apenas quatro vitórias, sete empates e oito derrotas, o que lhe dá um aproveitamento de 33%. Com números ruins, Alberto Valentim é contestado por boa parte da torcida e também internamente, fato que faz o Vasco sonhar com nomes mais experientes e de boa repercussão juntos aos cruzmaltinos. A realidade financeira, porém, é um empecilho e coloca o clube em condições adversas em relação aos concorrentes, o que dá chances para o treinador se manter no cargo para a próxima temporada.

O grande desejo do presidente Alexandre Campello é ter o seu amigo Abel Braga no comando da equipe, algo que ele já havia tentado no meio de 2018. O ex-comandante do Fluminense, porém, é o alvo preferido de Flamengo e Santos, clubes que estão dispostos a abrir os cofres para contratá-lo. Sem condições de se equiparar em termos de valores com a dupla, o Cruzmaltino aposta na vontade do técnico de se manter no Rio de Janeiro e, em posição de "rebote", torce principalmente para que as negociações com o Rubro-Negro e com a equipe paulista não se concretizem.

Algo que também "prende" Alberto Valentim ao Vasco é seu contrato, que vai até o fim de 2019 e tem multa rescisória. O treinador, vale salientar, também possui uma boa relação com Campello, chegando até mesmo a dar pitacos no conturbado ambiente político cruzmaltino, dizendo certa vez que a oposição estava "procurando tumultuar".

Diretor-executivo de futebol do Vasco, Alexandre Faria - outro que não está 100% seguro no cargo - saiu em defesa da metodologia de trabalho do treinador no desembarque da equipe na última segunda-feira (3), dia seguinte ao suado empate em 0 a 0 com o Ceará que garantiu a permanência do clube na Série A do Campeonato Brasileiro.

"O Valentim tem contrato até o fim do ano que vem. A questão de troca de treinador é a pior coisa que pode acontecer, ninguém quer trocar. Só troca quando não dá resultado. Percebemos no dia a dia um trabalho muito qualificado do Valentim e da sua comissão. O time já tem padrão, uma linha de jogo definida. E poderemos recuperar os jogadores". 

Após a partida com os cearenses, Valentim admitiu que seu aproveitamento até aqui é ruim no Vasco.

"Meus números são baixos. Isso me incomoda. Começamos mal, com perda de jogadores. Atrapalhou muito. Tive que improvisar muito. Mas o time criou identidade e padrão", avaliou o treinador, que demonstrou frustração por não ter conseguido subir na tabela, seu objetivo inicial: "Quando cheguei, disse que íamos brigar mais em cima, mas não conseguimos. Não temos que comemorar muito. Precisamos fazer muito mais".

Na próxima temporada, o Vasco terá pela frente o Campeonato Carioca, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

Fonte: UOL Esporte