Alex Evangelista explica trabalho realizado com Bernardo e Thalles
Esperança de gols e de faturamento para os cofres do clube, Thalles, hoje, está na reserva de Gilberto, mas recebe cuidados especiais do Vasco. Ele e o meia-atacante Bernardo obedecem rotina fora das atividades normais dos demais atletas para melhorar o desempenho físico e, consequentemente, as performances no campo.
A última temporada em que Bernardo teve uma sequência de partidas foi em 2011, quando fez quase 60 jogos e foi um dos destaques - mesmo na reserva - da equipe campeã da Copa do Brasil e vice-campeã do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, entrou na Justiça contra o clube, foi emprestado para o Santos e jogou muito pouco. Na volta, em 2013, 20 jogos e uma lesão grave que o retirou do restante da temporada. No ano passado, também foi pouco aproveitado no Palmeiras.
O coordenador científico do clube, Alex Evangelista, diz que o trabalho visa descobrir e solucionar todo desequilíbrio muscular do atleta. Para ele, a baixa atividade nesses últimos anos influenciam no seu desempenho dentro dos jogos.
- Ele tem potencial de sobra, mas precisamos recuperar sua memória muscular, organizar o que perdeu ao longo de muito tempo sem jogar, encontrar essas fragilidades. Estamos recuperando estímulos e fazendo trabalho para ele se tornar mais competitivo e ser capaz de tolerar a fadiga, o que hoje ele ainda não consegue como deveria em um atleta de alto rendimento - explica Evangelista.
Fisiologista por formação, o coordenador do Caprres - Centro de Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo - comemora o pequeno número de lesões musculares no grupo vascaíno desde o início da temporada. Com quase 40 atletas, apenas Madson sentiu estiramento e voltou rapidamente. Os outros que se lesionaram - Guiñazu e Jean Patrick -, um teve que passar por artroscopia e o outro fraturou o tornozelo.
No caso de Thalles, a preocupação é de não tirar a força do jogador ao diminuir seu percentual de gordura. Alto e forte, com características de centroavante trombador, o atleta trabalha para ganhar em agilidade e velocidade, ao mesmo tempo em que usa a potência. Nos exames realizados no atleta no retorno da Seleção, constatou-se um desequilíbrio muscular, que também chamou a atenção da necessidade de trabalhar o atleta separadamente.
- Queremos aumentar a força física e diminuir percentual de gordura dele. Isso acontece gradativamente. Nossa pressa não é para ele perder gordura, mas, sim, para ganhar potência e força, o que a reboque traz a perda de gordura. Não queremos colocá-lo na esteira correndo, porque isso enfraquece também, mas usamos a academia e nossos equipamentos do Caprres - afirma o fisiologista.
Fonte: geMais lidas
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