Além do Náutico, Vasco também não pagou o Coritiba
Contratados no meio do ano para reforçar a equipe cruz-maltina, os laterais-direitos Jonas e Auremir não realizaram atuações convincentes na temporada de 2012. No entanto, há outro fator onde a situação dos dois coincide: o Vasco não cumpriu com os pagamentos acordados em ambas as transferências. Auremir, que se destacou no Náutico e foi contratado há cinco meses, deve voltar ao time pernambucano em janeiro devido ao não pagamento da metade do valor pelo qual foi negociado.
Para ter Auremir, o Vasco dividiu o pagamento em duas etapas. Primeiro, metade do valor, depois, cinco parcelas para suprir a outra metade. A primeira parte foi paga, mas as parcelas continuam com o pagamento em aberto, sendo que a primeira venceu no dia 30 de agosto. Segundo o diretor jurídico do Náutico, Sérgio Galvão, uma cláusula previa o retorno do jogador ao Timbu em caso de falta de pagamento. Caso o Vasco não devolva o atleta, receberá uma multa diária de R$ 10 mil.
Passamos os meses de outubro e novembro tentando negociar com o Vasco, mas eles ficaram três meses sem tocar no assunto. Nem nos procuraram. O Náutico conta com o jogador a partir do dia 3 de janeiro, para a pré-temporada. O Vasco tem a obrigação de rescindir o contrato com ele e vão perder o valor que foi pago, conforme o combinado. Se ainda quiserem contar com o jogador, vão ter que recomeçar a negociação do zero, afirmou.
Apesar do impasse, o dirigente descartou a possibilidade de o Náutico entrar na Justiça contra o Vasco pelo caso e afirmou que a relação entre os clubes continuará como sempre foi.
A relação continua a mesma, não vamos entrar na Justiça de jeito nenhum. Mas, sobre esse caso, não tem mais papo. Se o Vasco quiser o jogador, que mande um representante aqui para avaliarmos a situação de uma nova negociação, declarou Sérgio Galvão.
O Vasco ainda deve mais de R$ 1 milhão pelo negócio envolvendo Jonas. Ao Coritiba, o Vasco acertou que pagaria R$ 1,5 milhão por 50% dos direitos do lateral. Até agora, depositou apenas a entrada. O restante seria dividido em três parcelas, que não foram pagas.