Alef Manga fala sobre a saída do Coritiba e cita o Vasco em entrevista
O atacante Alef Manga não esconde a chateação com a saída do Coritiba. Em entrevista ao ge, o jogador disse que foi pego de surpreso com a decisão do clube, principalmente por estar na expectativa de ter o contrato renovado – havia um pré-acordo para prorrogar por mais um ano. O então dono da camisa 11 recordou, ainda, que chegou a recusar propostas durante a temporada para ficar no Coxa.
– Eu esperava, sim, uma renovação de contrato. Meu intuito era continuar no clube. Sempre dava outras entrevistas falando que eu queria permanecer no clube, eu tinha proposta de Série A e não quis sair, continuei no clube, e agora, nessa reta final, (a não renovação) é um banho de água fria o que o departamento de futebol fez comigo – disse.
– Acho que pegou todos nós de surpresa, principalmente eu e minha família, porque eu não esperava esse momento eles não renovarem comigo. Fico muito triste, por tudo que eu fiz pelo clube dentro de campo. Fica uma dor aqui no peito, mas a vida segue. Agora é pensar nos próximos passos, para que possa, em 2025, se Deus quiser, começar um ano maravilhoso para todos nós – destacou o atacante.
Alef Manga foi avisado na semana passada que não teria o contrato renovado com o Coritiba para a temporada 2025. Ele retornou aos gramados em outubro, após cumprir a suspensão de 360 dias por envolvimento no caso de apostas esportivas. Nesta volta, o atacante fez quatro jogos, todos começando no banco, e somou 85 minutos ao todo, com um gol marcado, justamente no retorno, contra o Amazonas.
– Aquilo ali (o anúncio da não renovação) foi uma dor muito grande, todo mundo sabe o carinho e amor que eu tenho por esse clube. Tudo o que eles fizeram, a torcida também, nos momentos mais difíceis que eu não pude ajudar dentro de campo. Depois que eu retornei também contra o Amazonas, eles foram importantes para mim, na minha entrada no segundo tempo de ter feito o gol – comentou Manga.
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Preparação inadequada
– Sou um atleta que não fez pré-temporada, então faz muita diferença na hora de você retornar. Eu estava um pouco acima do peso, mas me cuidando ao máximo. Eu estava preparado, mas não da forma que tinha que ser, porque teve alguns pontos que o departamento de futebol do Coritiba me deixou treinando no Couto Pereira. Lá não tinha um profissional para me acompanhar, e os equipamentos eram os utilizados pelo pessoal da base. Não tiveram um planejamento ideal que tinha que ser comigo, principalmente fora de campo. Quando eu quis treinar no fim de semana não deixavam sob risco de multa. Ficou uma situação até ruim para mim. Eu queria me entregar mais, mas não me deram essa abertura.
Problema de relacionamento?
– Vou deixar mais uma vez bem claro: eu nunca tive problema com ninguém, principalmente com os funcionários do clube, por quem eu tenho carinho enorme, desde o cortador de grama até o pessoal da cozinha. Também não tive problema com ninguém, principalmente com os jogadores ou com as pessoas que passaram pelo clube, como Renê Simões, o Arthur Moraes, o Carlos Amodeo, o Lucas Drubscky, foi assim também com os treinadores que tiveram passagem no Coritiba, como Gustavo Morínigo, Guto Ferreira e o próprio Zago, que depois veio conversar comigo, além do português António Oliveira.
Apoio do elenco no retorno
– Quando eu retornei, os jogadores me abraçaram, principalmente, o Benevenuto, que é um cara sensacional para mim, e Mauricio Antônio também, que é um dos líderes ali dentro. Eles deram total suporte para eu voltar e fazer aquilo que mais amo. Essa questão de ter esse problema com algum jogador, ou que era difícil de lidar com o Manga, eu não concordo. Eu não acho verdadeiro, porque só eu sei no quanto que eu trabalhava e quanto que eu me dava bem com todo mundo lá. Nunca tive problema com nenhum deles.
William Thomas, executivo do Coxa
– O William Thomas falou que eu não iria vestir a camisa do Coritiba, foi quando a torcida organizada foi lá no CT, mas depois teve a data do meu retorno aos gramados, e ele tinha mudado de ideia na entrevista coletiva. Era uma situação muito delicada também de lidar com o William Thomas ali, porque acho que teve alguns momentos que ele podia ser transparente comigo. Desejo toda sorte e não vou desejar mal para ninguém. Eu não sei qual foi dessa forma que eles chegaram nesse ponto, para eu não vestir mais a camisa do Coritiba. Eu tenho certeza que foi naquela época que o Carlos Amodeo estava como o CEO da SAF.
Paulo Autuori, ex-diretor do Coritiba
– O Paulo Autuori eu nunca tive problema com ele, nunca trabalhei em clube nenhum com Paulo Autuori. Eu acho que a questão foi, claro, referente à minha pessoa, mas principalmente também com a decisão do Carlos Amodeo, da minha permanência. Eu acho que não cabe a ninguém, como eu falei, não cabe a ninguém querer apontar o erro. Acho que todo mundo merece a segunda chance. Naquele momento o Amodeo já tinha me dado uma segunda chance e ficou essa queda de braço entre o Amodeo, o William Thomas e o Paulo Autuori.
Gratidão
– Primeira palavra é gratidão, principalmente Ao torcedor. Pedir desculpa ao torcedor se alguma forma eu fiz algo deixou eles chateados. Eles foram importantes para mim, nesse momento mais difícil que eu estava passando. É um momento de gratidão mesmo, agradecer por tudo que eles fizeram. Pode ter certeza que vou estar torcendo para o Coritiba, onde eu estiver, vou estar torcendo para eles. Desejo toda a sorte do mundo a eles.
Futuro
– Eu penso em voltar para a cidade de Curitiba. Se eu voltar para o Coritiba ou para outro clube, eu não sei, mas quero deixar bem claro que eu queria retornar aqui para a cidade de Curitiba, né? A gente sabe de amanhã. Vamos aguardar para ver o que vai acontecer.
Fonte: Blog da Nadja /geMais lidas
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