Alecsandro tenta brilhar na cidade onde seu pai é ídolo até hoje
Ao contrário de outros locais, os curitibanos aprenderam que uma careta nem sempre está ligada a algo ruim. Pode significar, por exemplo, um gol. Afinal, era assim que Lela, ídolo do Coritiba nos anos 80, comemorava quando balançava a rede.E, nesta noite, quando o Vasco enfrenta o Atlético-PR, com transmissão em tempo real pelo LANCENET! , os mais saudosos podem ter a oportunidade de ver um herdeiro da família Felisbino mostrar, novamente, que gol e cara feia têm tudo a ver.
Alecsandro, que chegou aoVasco neste ano, passou grande parte da infância em Curitiba e viu de perto seu pai brilhando nos campos da ci-ade, inclusive, nos clássicos contra o Furacão. Desde pequeno, ele nunca teve medo de careta. E, segundo Lela, pode até repetir sua tradicional comemoração caso faça um gol.
O Alecsandro é goleador e já me homenageou fazendo caretas na comemoração de um gol. Agora vai jogar em Curitiba e, quem sabe, não faz ambém. Pelo menos ele está pensandoemfazer isso, já comentou comigo revelou o pai coruja.
Feliz com o sucesso que seu pai teve na cidade em que vai jogar nesta noite, Alecsandro, porém, prefere não prometer nada. Mas sabe bem da importância de seus gols para a conquista de um resultado positivo con-tra o Atlético-PR.
Sempre converso muito com meu pai sobre futebol. Ele fez história aqui e isso marca a carreira de qualquer jogador. Mas não entro já pensando em comemoração de gols. Na hora faço o que me passa na cabeça destacou Alecsandro, que já comemorou fazendo careta em dois aniversários de seu pai.
Com careta ou sem, a verdade é que a torcida curitibana, principalmente a do Coxa, ainda lembra com carinho dos gols feitos por Lela. Não dá para voltar ao passado, por isso, aos mais saudosos do local, um gol com cara feia do herdeiro cairia muito bem nesta noite.
A origem da comemoração
A comemoração de Lela fazendo caretas surgiu como uma resposta aos torcedores rivais em um jogo contra o Toledo, pelo Campeonato Paranaense de 1983.
Na ocasião, a torcida do Toledo xingava e fazia careta aos jogadores do Coritiba. Então, quando Lela fez um gol, devolveu as caretas, que se transformaram em sua marca registrada com o passar dos anos.
Bate-Papo com Lela, ex-jogador e pai de Alecsandro
Em Curitiba, onde seu filho vai jogar nesta quarta, você brilhou muito...
Graças a Deus, só tenho boas recordações daqueles tempos. Foram momentos marcantes, em que fiz muitos gols e que também ganhei um títulomuito importante: do Brasileiro de 1985. Espero que o Alecsandro também vá bem lá. Estou torcendo muito
Ele vai enfrentar justamente o arquirrival do Coritiba. Na sua época você costumava levar a melhor neste clássico regional?
Pelo que eu lembro, sim. Eram jogos difíceis, clássicos... mas eu me saia bem e fazia gols.
Você comemorava fazendo caretas e seu filho já te homenageou o imitando. Será que contra o AtléticoPR filho de careta, caretinha é?
Tomara (risos)! O Alecsandro costuma fazer gols e, como eu já disse, já fez careta também. Vamos ver se sai outra.
Acho que ainda existe uma pressão sobre ele por você ter sido um atacante de destaque? Ainda mais porque ele vai jogar na cidade onde você brilhou?
Acho que não tem essa pressão não. Tanto ele quanto o Richarlyson já caminharam com as próprias pernas no futebol.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)
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