Alecsandro compara 100 gols de Rogério Ceni com 1000 de Romário
As comparações já tomaram conta do mundo do futebol. Ao comentar o centésimo gol da carreira do goleiro Rogério Ceni, marcado na tarde do último domingo, no clássico contra o Corinthians, não foram raras as lembranças de outros momentos históricos semelhantes, especialmente dos milésimos gols de Pelé e de Romário.
Na entrevista coletiva que concedeu após alcançar o recorde, o próprio camisa 1 são-paulino fez questão de dizer que a única coisa em que é melhor que Pelé é como goleiro. O colunista do iG, Mlton Neves, fez em fevereiro um post em seu blog no qual exaltava a importância do feito de Rogério Ceni e ainda lançava ao internauta uma pergunta: o que é mais difícil, um goleiro fazer cem gols ou um atacante chegar aos mil?
Mas em relação à marca inédita, não são poucos os companheiros de profissão do goleiro são-paulino que consideram o feito alcançado neste domingo, contra o Corinthians, mais difícil que o dos históricos atacantes da seleção brasileira.
Para o goleiro é pior. Ele tem que ser muito habilidoso. Tem jogador de linha que não chega a cem na carreira. O Júnior (ex-Flamengo e hoje comentarista), por exemplo, não conseguiu. Não é fácil fazer mil. Basta ver quantos conseguiram. O Romário, né, mas quem fez as contas dele? O atacante, pelo menos, está ali na frente. O goleiro não, fica lá atrás. Chegar a cem é muito difícil, avaliou o atacante Alecsandro, do Vasco.
O Rogério é um grande goleiro. Para um goleiro fazer 100 gols é muito complicado e só temos que reconhecer o talento dele. Precisamos dar os parabéns pelo jogador que é e o que representa para o futebol brasileiro, afirmou Wallyson, do Cruzeiro, também atacante.
Quem também comentou o feito de Rogério Ceni foi o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, que o convocou como reserva de Marcos e Dida para a Copa do Mundo de 2002. O treinador evitou comparar a marca centenária aos feitos de Pelé e Romário, mas não poupou elogios ao goleiro.
O diferencial é que ele desde que começou a sua carreira passou a se especializar em faltas, penalidades, e aquilo foi dando certo, foi gerando gols. Foi dando confiança da mídia. Ele é super legal, uma pessoa tranquila, que está aí há anos jogando e sempre pronto. Esse é o diferencial, afirmou Felipão.
Mas se as comparações entre cem gols de goleiro e mil de atacante provocam polêmica, quando a comparação é apenas com outros goleiros-artilheiros Rogério Ceni é inquestionável. Único goleiro centenário no Mundo, ele abriu ainda mais a vantagem sobre o segundo melhor, o paraguaio Chilavert, que marcou 62 vezes, e para o terceiro, o colombiano Higuita, que fez 41.
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