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Advogado do Vasco sinaliza com novo acordo por problemas da base

Um dia após a Justiça determinar a interdição dos alojamentos das categorias de base do Vasco em São Januário, o clube carioca rebateu de forma conciliatória, em busca de um acordo em reunião que os advogados estão tentando agendar. A alegação é que desde a última vistoria, datada de 4 de junho, o local já recebeu melhorias e só não seria feito mais por conta da reforma do CT de Itaguaí, que ficará pronto em cerca de 60 dias e que abrigará todos os atletas, desde mirim aos juniores. A princípio, foi dado um prazo de cinco dias úteis para nova avaliação. A diretoria deve ser notificada oficialmente nesta quinta-feira e entrará com pedido de efeito suspensivo.

Ainda assim, o Vasco trabalha com a possibilidade de mover a garotada para um hotel se o imbróglio persistir. O clube lamenta, também, que haja uma suposta resistência dos promotores da Vara da Infância e da Juventude em relação à efetivação da base no município do interior.

- É uma situação delicada, vamos mandar todos para Itaguaí, onde a estrutura não vai dever para a de nenhum clube do Brasil. Mas eles não querem. Dizem que é uma zona rural, poderia causar uma situação constragedora para os pais, o que faz não faz sentido. A maioria já é de outro estado, o deslocamento é inevitável. Queremos sentar com a juíza para fazer reunião geral e criar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) e cumpri-lo. Lógico que as exigências têm de estar dentro de uma realidade. O Vasco está disposto a resolver e evitar esse tipo de exposição desnecessária. Afinal, os jovens são o futuro do clube. O presidente Roberto Dinamite é o mais incomodado com isso - afirmou o advogado do Vasco no processo, Marcelo Macedo.

Os argumentos do Ministério Público, no entanto, são opostos. Segundo a promotora Clisanger Ferreira, já houve tentativas de encontros amigáveis, mas um representante do Vasco desmarcou e jamas retornou. E a investigação ocorre desde 2010, sem solução. Ela reforça que o dia 17 de abril foi a data da primeira vistoria neste ano. Apesar da notificação e da promessa, o estado dos quartos, banheiros e até salas de aula do Colégio Vasco da Gama teriam piorado em junho.

- Não há reunião com a juíza, é uma decisão que tem de ser cumprida. Já foi concedido 30 dias no primeiro semestre e nada aconteceu. O Vasco está dando um péssimo exemplo para o esporte ao não garantir o mínimo de conforto aos meninos. Queremos que eles continuem perseguindo os sonhos de serem atletas, temos paciência, mas, dependendo do que for apresentado desta vez, as atividades serão suspenas - definiu a promotora, referindo-se às categorias infantil e juvenil, que não atingiram a maioridade.

Fonte: ge