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Advogada do Vasco comenta notícia sobre a venda de Matheus Índio

O imbróglio judicial envolvendo o jogador Índio e o Vasco tem um novo capítulo. O jovem meia de 17 anos esteve com representantes em Portugal na última semana, acertou as bases salariais e  um contrato de cinco anos com o Porto. Brigando na Justiça Trabalhista pela rescisão com o clube, o acordo passou longe de São Januário e conta com a vitória final de Índio sobre o Vasco. Na venda praticamente fechada, os portugueses pagariam 5 milhões de euros - cerca de R$ 16 milhões - para os representantes do jogador e para os outros donos dos seus direitos econômicos. No contrato original com o Vasco, que vai até maio de 2015, o clube tinha 60% dos direitos, com 20% para Índio e 20% para a DIS, braço do grupo Sonda.

Alegando atraso salarial e não recolhimento de direitos trabalhistas em período superior a três meses, o jogador e seus representantes entraram com pedido de rescisão unilateral na Justiça Trabalhista. No princípio, o clube procurou entendimento e prometeu pagar a quantia atrasada, que envolvia também luvas pela assinatura do primeiro contrato profissional assinado no fim de 2011. A ação prosseguiu na Justiça e os advogados de Índio conseguiram a liberação do jogador do Vasco através de uma liminar. O meia assinou com a Penapolense, chegou a ser apresentado e treinou alguns dias no clube de São Paulo. No contra-ataque na Justiça, o Vasco obteve a revogação desta liminar com sentença favorável ao clube carioca.

A vitória na Justiça devolveu o vínculo esportivo do jogador com o Vasco. Na última sexta-feira, a CBF restabeleceu o contrato de Índio com o Vasco. O clube vai notificar o jogador nos próximos dias para se reapresentar em São Januário no dia 6 de janeiro. Índio, agora, já seria promovido aos profissionais, o que era um dos motivos de insatisfação do jogador no clube carioca.

Procurados pelo GloboEsporte.com, os advogados de Índio e do Vasco se pronunciaram sobre a última novidade do caso. Aldo Giovane Kurle disse que desconhecia o acerto com o clube português, embora reconhecesse o interesse de europeus na compra do atleta. Além do Porto, o Arsenal também tinha interesse no jogador. No fim do ano passado, Índio chegou a treinar uma semana no clube inglês. A advogada do Vasco Carolina Loureiro considera nula qualquer movimentação no mercado do jogador que não passe pelo clube de São Januário.

- A não ser que paguem o valor da multa rescisória, que é de R$ 20 milhões, ele é jogador do Vasco. Mas claro que o objetivo dos representantes dele é pagar somente aos empresários do jogador - lembrou Carolina Loureiro, lembrando que o departamento jurídico do clube vai estudar as próximas medidas após esta negociação entre os representantes, o jogador e o Porto.

Em crise financeira, o Vasco promete ir até as últimas consequências para, pelo menos, conseguir o valor da multa rescisória por Índio. O clube ainda não foi procurado por qualquer acordo com o grupo que comanda o pedido de rescisão unilateral na Justiça.

Fonte: ge