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Ação de Índio é julgada improcedente e atleta volta a ser do Vasco

Depois de conseguir a rescisão na Justiça trabalhista, Índio é, de novo, jogador do Vasco. Foi o que disse a sentença que saiu nessa terça-feira da juíza Patricia V. de Medeiros Ribeiro, da 29ª Vara da Justiça do Trabalho. Na decisão, o judiciário julgou improcedente a ação de Índio, que pedia desligamento do Vasco por atraso salarial e outros encargos trabalhistas superiores a três meses. A juíza reconheceu débito do clube, mas disse que era inferior ao tempo suficiente para pedir quebra unilateral de contrato.

O jogador foi orientado a não retornar para o Vasco, e seus representantes já preparam o contra-ataque. O advogado de Índio, Aldo Giovane Kurle, vai entrar com embargo de declaração da sentença da juíza, mas ele só deve ser apreciado em 2014. Isto porque a Justiça entra em recesso daqui a duas semanas.

- Consideramos a decisão um absurdo. Vamos, primeiro, pedir a juíza que explique como ela não viu o atraso superior a três meses de FGTS, que está na ação. O Índio não volta ao Vasco. No nosso entendimento, uma pessoa só deve trabalhar no lugar onde ela deseja trabalhar. Não muda nada para ele, que tem contrato a cumprir com a Penapolense - diz o advogado de Índio.

Do lado vascaíno, a decisão foi bastante comemorada. O caso encerra provisoriamente a ação da parte do jogador, que terminou sem acordo em audiência há duas semanas. A advogada do Vasco, Carolina Loureiro, explica que a sentença retoma imediatamente o vínculo do jogador com o clube de São Januário.

- Ele vai ter que retornar ao Vasco. Quando ele foi para a Penapolense avisamos ao clube e ao jogador, através de ofícios, sobre a provisoriedade do caso. Agora já foi julgado improcedente a ação, a juíza entendeu que não teria direito a pedir a rescisão contratual - explica a advogada do Vasco, que chegou a entrar com embargo de declaração para que fosse revista a decisão do agravo de regimento que concedeu a rescisão provisória de Índio com o clube - porém, este recurso vascaíno nem chegou a ser apreciado.

O caso promete novos contornos em 2014. O grupo de investidores que está por trás da ação é de alguns ex-executivos da DIS, empresa que investe em jogadores de futebol do grupo Sonda. No contrato entre Vasco, dono de 60% dos direitos econômicos do atleta, mais a DIS (que detém 20%), mais o jogador (outros 20%), há uma cláusula que prevê o pagamento de R$ 20 milhões por quebra de vínculo. Ou seja, caso o jogador não retorne ao Vasco, o clube tem direito a receber o valor da multa rescisória de R$ 20 milhões. Por outro lado, se a sentença no final for favorável ao atleta, o Vasco precisa indenizar Índio com todos salários e dívidas até o fim do seu contrato - que vai até meados de 2015 - e à DIS em mais R$ 7 milhões.

O jogador foi apresentado em Penápolis nessa terça-feira. Ele falou em coletiva de imprensa que iniciava um novo ciclo na carreira. Índio começou nas categorias inferiores do Vasco e é presença assídua em todas seleções de base desde o infantil.

Fonte: Blog Futebol, Coisa & Tal - Extra Online