Futebol

Ação de ex-jogador trava recebimento de patrocínio da Caixa

O Vasco pagou nesta semana o salário de setembro da maioria do grupo de jogadores e de boa parte dos funcionários nesta semana, mas ainda não conta com a principal verba de patrocínio do clube. A segunda parcela da Caixa Econômica Federal, patrocinadora master do time de São Januário e de outros grandes clubes brasileiros, deveria entrar nos cofres vascaínos em setembro, mas, quase dois meses depois, ainda não saiu do banco público. O motivo: ação na Justiça de Jonas, ex-lateral, que teve curta passagem pelo Vasco em 2012 - e rescindiu com o clube por via judicial no início do ano seguinte (2013). 

Com ameaça de penhora de 70% dos cerca de R$ 4 milhões da parcela do banco, Jonas e o Vasco estão em vias de novo acordo para encerrar o imbróglio jurídico e, enfim, liberar a verba da Caixa Econômica Federal. Advogado do jogador, Bichara Neto, espera uma solução para o caso para os próximos dias. No fim da semana passada, o Vasco pagou impostos correntes atrasados e conseguiu a certidão que faltava para ter direito a receber da Caixa.

- Estamos negociando este acordo direto com o departamento jurídico do Vasco. Acredito que em breve vai sair (acordo). Está próximo. Jonas fez um acordo que foi descumprido, este acordo entrou em fase de execução e não chegou nem a ir para segunda instância - disse o advogado do jogador, Bichara Neto. 

Jonas Jessué da Silva Junior, hoje com 28 anos e atuando no RB Brasil, fez apenas 16 jogos e um gol com a camisa do Vasco. Com salário de cerca de R$ 150 mil, ele assinou por três anos para substituir Fagner, vendido para a Alemanha no meio do Brasileiro de 2012. Pelo reforço, o Vasco deve ainda ao Coritiba, além de salários e outras remunerações trabalhistas previstas no contrato - que foram motivo da ação cível do atleta. O jogador foi um dos que conseguiu rescisão na Justiça no início de 2013, casos semelhantes do meia Nilton, hoje no Internacional, e Fernando Prass, goleiro do Palmeiras.

O jogador cobrava na Justiça mais de R$ 5 milhões. Na gestão Dinamite, após a rescisão, foi assinado acordo, que foi descumprido depois do pagamento de "pouquíssimas parcelas", disse o advogado do jogador. Resta ainda ao jogador receber mais de R$ 3,5 milhões, que serão renegociados num segundo acordo para evitar a penhora.

Com fila de ações trabalhistas e cíveis, o Vasco faz levantamento constante de possibilidades de penhoras e, por isso, agora não tem pressa para receber a segunda parcela de patrocínio da Caixa Econômica Federal. No fim do ano, após novas prestações de contas, o banco público terá que completar o total de R$ 15 milhões, com o último pagamento do patrocínio ao Vasco.

Fonte: ge