A trajetória de Ipojucan com a camisa do Vasco
03/06/1926 - Há 95 anos nascia Ipojucan, um dos grandes nomes do Expresso da Vitória e um dos maiores ídolos da história do Vasco.
Diferente do que muito se divulga, Ipojucan não é um dos 5 maiores artilheiros da história do Vasco, mas isso não diminui em nada o craque.
A verdade é que ele fazia muito mais do que gols em campo.
Ipojucan era muito alto, e ao mesmo tempo muito habilidoso, criativo e exímio passador. Era atacante, mas teve várias funções diferentes em campo, tendo jogado algumas vezes também na linha média do Expresso. Correspondia em todos os cantos que o colocavam.
Estreou pelos profissionais do Vasco em 1946, mas passou a ter grande destaque mesmo em 1949, quando ganhou mais espaço entre os titulares do Expresso e fez 29 gols em 41 jogos.
Em 1950 teria talvez sua grande temporada pelo Vasco, sendo titular absoluto e um dos cérebros do esquadrão vascaíno. Além das ótimas atuações, Ipojucan foi muito decisivo, dando uma linda assistência para Ademir marcar o gol do bicampeonato estadual do Vasco.
Ipojucan estreou pela Seleção na decisão do Pan-americano de 1952 contra o Chile. O Brasil venceu a partida por 3 a 0, e Ipojucan deu uma assistência para o gol de Pinga, que na época ainda era da Portuguesa. Com o resultado, o Brasil ganhou seu primeiro título no exterior.
Assim como aconteceu em 1950, Ipojucan esteve muito perto de ser convocado para a Copa do Mundo de 1954, mas acabou ficando de fora da convocação final.
Ao todo, foram 8 jogos pela Seleção, e 1 gol.
Após problemas com a diretoria vascaína, Ipojucan deixou o Vasco no final de 1954 e foi para a Portuguesa (SP), que na época era uma potência nacional, tendo sido o clube que mais cedeu jogadores à Seleção na Copa de 54.
Mesmo atuando ao lado de grandes craques como Djalma Santos, Julinho Botelho e Bradãozinho, Ipojucan foi considerado o grande destaque da Portuguesa no título do Torneio Rio-São Paulo de 1955. Decisivo, fez um gol na Final do Torneio.
Ao todo pela Lusa foram 218 jogos e 52 gols.
Ao todo na carreira foram 454 jogos e 155 gols. Números absurdos para um jogador que tinha como principais valências o passe refinado e o drible. Ipojucan era daqueles que não precisava de gols para ficar na história, e mesmo assim os fez em abundância.
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