Futebol

A retrospectiva do ano vascaíno

O ano do Vasco esteve longe de ser simples. O maior presente de Natal, para a torcida, foi permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro. Apesar disso, 2018 começou até com Libertadores. Fora de campo, teve eleição, briga pelo poder, racha político... Não faltou emoção.

Juntamos os principais momentos do Vasco na temporada para fazer uma retrospectiva para você, torcedor:

2017, O ANO QUE NÃO TERMINOU

A temporada do Vasco começou fora de campo, mas não com contratações. O primeiro grande momento do ano foi a eleição presidencial no Conselho Deliberativo. Alexandre Campello derrotou Julio Brant, seu ex-aliado, e assumiu o Cruz-Maltino com o apoio da maioria dos conselheiros.

Foi a primeira vez na história do clube que a chapa que venceu a eleição entre os sócios, a Sempre Vasco, não repetiu a vitória no Conselho. Alexandre Campello não seria candidato, mas decidiu aceitar a possibilidade de assumir o Vasco com o apoio de quem não queria Julio Brant, da Sempre Vasco, no poder.

O Vasco iniciou sua luta na Libertadores ainda em janeiro. Passeou no primeiro confronto da Pré-Libertadores contra o Universidad Concepción-CHI, mas penou, e muito, no segundo. Venceu por 4 a 0 o Jorge Wilstermann, da Bolívia, em casa. Na volta, na altitude, levou o troco e só avançou nos pênaltis.

Foi um aperitivo do que estava por vir. Na fase de grupos sequer deu esperança ao torcedor de classificação. Vacilou nos jogos em casa - fez um ponto em nove possíveis - e foi eliminado na terceira posição do grupo (Racing e Cruzeiro avançaram). Foi para Sul-Americana, onde saiu logo de cara diante da LDU.

O Vasco se classificou para a decisão do Carioca de forma emocionante: Fabrício marcou nos acréscimos o gol do empate diante do Fluminense. Na decisão, no entanto, sofreu com o gol do zagueiro Carli, do Botafogo, aos 49, forçando a decisão por pênaltis. O título, que estava bem próximo, ficou pelo caminho...

Zé Ricardo iniciou o ano no comando do Vasco. Porém, durou seis meses no comando e pediu demissão pouco antes da pausa para a Copa do Mundo. Jorginho foi contratado. Durou dez jogos e foi demitido, ainda em agosto.

Veio, então, Alberto Valentim, que acabou tendo a missão de livrar o time do rebaixamento. Em meio às trocas, ainda tivemos o auxiliar Valdir Bigode comandando a equipe em alguns jogos e alimentando o sonho de, um dia, ser efetivado.

Com tantas trocas de treinadores, o Campeonato Brasileiro não podia ter sido tranquilo para o Vasco. O clube lutou até a última rodada para evitar o quarto rebaixamento de sua história, O empate sem gols com o Ceará, em Fortaleza, salvou o time da queda.

Mas, para chegar aos 43 pontos, foi fundamental a contratação de Maxi López. O argentino carregou o time, fez gols, deu assistências e foi a principal referência dentro de campo. Difícil imaginar o Vasco se livrando da queda sem o centroavante, que continua para 2019.

Durante o ano, houve várias disputas pelo poder do Vasco. Logo após as eleições, membros da chapa Identidade Vasco que faziam parte da gestão deixaram Alexandre Campello por não concordarem com suas ideias e passaram a ser oposição. Assim, o presidente se viu isolado no cargo.

Depois, nos meses seguintes, a chapa Sempre Vasco entrou com ações para anular as eleições do ano passado, por causa das fraudes na já famosa urna 7. Em setembro, a oposição teve vitória liminar e conseguiu deixar Alexandre Campello "fora" da presidência, mas a situação conseguiu derrubar a decisão duas vezes.

Fonte: ge