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A 777 era obrigada a investir no CT do Vasco? Confira perguntas e respostas

Desde maio, a gestão de Pedrinho comanda a SAF após afastamento dos americanos na Justiça — a diretoria sustentou, entre outros argumentos, a insegurança financeira. Hoje, o clube conversa com a seguradora A-Cap, que assumiu os ativos da 777, por uma tentativa de revenda da SAF cruz-maltina.

Vale lembrar que o contrato de acionistas tem seu efeito suspenso após a decisão judicial — que iria a um processo de arbitragem, suspenso após acordo entre Vasco e A-Cap. Ou seja, as clásulas não influem na atual tentativa de venda das ações, integralizadas em 31% pelos americanos.

Veja perguntas e respostas sobre o contrato vascaíno com a 777:

O Vasco poderia retomar a SAF por R$ 1 mil?

A cláusula, confirmada por Jorge Salgado em conversa com jornalistas ao fim de seu contrato, de fato existia. Ela poderia ser exercida em caso de inadimplência de 30 dias no pagamento de algum dos aportes. Com isso, o Vasco (associação) retomaria o controle sob o pagamento deste valor. A empresa americana também tinha o direito de retomar o controle após depositar o aporte com juros em uma oportunidade.

Quanto a 777 deveria investir no Vasco?

A 777 se comprometeu a investir R$ 700 milhões na SAF do Vasco e assumir até R$ 700 milhões em dívidas contraídas anteriormente, no período da associação.

A 777 era obrigada a investir no CT?

Por contrato, havia a obrigação do investimento de R$ 25 milhões até junho deste ano no CT Moacyr Barbosa ou em outra infraestrutura.

O Vasco seria o único clube da América do Sul no portfólio da empresa?

Como divulgado pelo próprio Vasco, o cruz-maltino seria, por obrigação, flagship do grupo. Ou seja, principal marca, com preferência em uma série de termos, principalmente esportivos.

O Vasco poderia ser vendido pela 777?

Não enquanto a empresa não totalizasse os R$ 700 milhões de aporte, que terminariam 2026. O contrato também proibia que 777 e Vasco (associação, que ficaria com 30%) vendessem suas ações para outras entidades esportivas, donos delas e para grupos concorrentes, como a Eagle Holding de John Textor, o Grupo City e a Red Bull.

Fonte: Agência O Globo