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1º trimestre de 2021 tem queda de despesas, mas dívida sobe

O Vasco publicou hoje (22) o balancete do primeiro trimestre de 2021. De janeiro e março, o clube registrou um déficit de R$ 5,6 milhões. Esse é o primeiro demonstrativo financeiro da gestão de Jorge Salgado.

Em três meses, o Vasco acumulou R$ 41 milhões de receita líquida. O clube não detalhou os itens que compuseram a arrecadação do clube. Na comparação com o mesmo período de 2020, até houve um aumento aproximado de R$ 4 milhões. Mas em 2021 entrou um residual da cota de TV do Brasileirão 2020, concluído em fevereiro. Logo, o resultado da geração de receitas do clube não chega a ser tão animador. Como foi rebaixado, o Vasco não teve direito ao percentual da performance do Brasileirão.

O cenário no Vasco poderia ser pior se não houvesse uma redução de despesas. Em salários e encargos, houve queda de R$ 5,5 milhões na comparação com o primeiro trimestre de 2020.

Considerando só o aspecto operacional — sem descontar juros e outras despesas financeiras —, o Vasco fechou com saldo negativo de R$ 952 mil. No trimestre inicial de 2020, a operação teve defasagem de R$ 6,1 milhões.

O Vasco fechou o primeiro trimestre de 2021 com um endividamento de R$ 848 milhões, segundo critério adotado pelo Itaú BBA. Logo, usando essa mesma conta, a dívida vascaína aumentou na comparação com dezembro de 2021, quando estava em R$ 832 milhões.

De todo modo, o clube conseguiu empurrar valores registrados como "empréstimos e financiamentos" de curto para o longo prazo.

Como foi 2020

Segundo o relatório do Itaú BBA, feito pelo economista César Grafietti, o Vasco já vinha numa tendência de redução de receitas que foi reforçada pelos efeitos da pandemia. Em 2020 a redução foi de 12% em termos totais e 26% em termos recorrentes.

Para o futuro, "o risco que o clube corre é cansar o torcedor, que perde forças no apoio. Jogar novamente a Série B, com pouca força financeira, menos dinheiro de TV, e ainda tendo que arcar com problemas de anos. Problemas que afetaram diretamente o desempenho de 2020, pois as receitas acabam sendo consumidas pelos adiantamentos e dívidas cujo dinheiro é carimbado para pagamento, sobrando pouco para custear a atividade. No final, vira atraso, novas dívidas, pedido de ajuda a torcedores".

Fonte: UOL Esporte