Futebol

Thalles, Mosquito, Dedé.. relembre vascaínos que sonhavam com a Copa

Há quatro anos, os torcedores brasileiros ainda tentavam se recuperar do baque que foi o 7 a 1 para a Alemanha. Alguns dias depois da goleada histórica, o Globoesporte.com tentou projetar o futuro e publicou o “Missão Rússia”, para que o público escalasse, entre as opções disponíveis, a Seleção ideal para a Copa do Mundo de 2018.

Agora, a três dias da estreia brasileira contra a Suíça, analisamos as opções que estavam naquela lista. Afinal, quem foi chamado por Tite? Quem chegou perto? E quem passou muito longe de lutar por uma vaga? Para isso, dividimos os nomes da lista montada por nossa equipe em 2014 em quatro categorias:

Acertamos! – jogadores que estão na lista do Tite

Chegamos perto – jogadores na lista dos 35, ou que foram convocados regularmente

Nem lá, nem cá – jogadores que foram lembrados após a Copa do Mundo, mas não estiveram perto de garantir vaga

Passamos longe! – jogadores que sequer entraram nas convocações de Dunga e Tite

O número de jogadores é grande, assim como a quantidade de nomes que chamam a atenção ao revisitarmos a lista. Por isso, fizemos um filtro e selecionamos cinco nomes de destaque em cada categoria. Para ver todos os jogadores disponíveis (e brincar com a plataforma), clique no link abaixo:

ACERTAMOS!

Dos 23 jogadores convocados por Tite para essa Copa do Mundo, 16 estavam nas opções listadas pelo Globoesporte.com após a goleada sofrida contra a Alemanha. Relembre cinco deles que ainda não atuavam pela Seleção na Copa de 2014:

Cássio (Corinthians) – Se destacou em 2012, ajudando o Corinthians a levantar a Libertadores e o Mundial. Depois, viveu fase regular e esteve entre os nomes cotados, mas a grande concorrência na posição não dava qualquer garantia de que ele seria convocado. Conseguiu a vaga como terceiro goleiro.

Marquinhos (Paris Saint-Germain) – Em 2014, tinha apenas 20 anos e fazia sua temporada de estreia no PSG. Embora titular, não era incontestável. Depois, conseguiu seu espaço na Seleção e manteve a titularidade até os últimos amistosos antes da Copa, quando foi substituído pelo companheiro de time Thiago Silva.

Casemiro (Real Madrid) – Estava longe de ser um dos melhores volantes do mundo em 2014; era reserva do Real Madrid após passagem pelo Castilla, a equipe B do Real. Na temporada seguinte, foi emprestado ao Porto, onde achou seu futebol. Com o retorno e a grande fase no clube de Madrid, passou a ser titular da Seleção depois da chegada de Tite e não largou mais a vaga.

Fred (Manchester United) – Ainda não era titular absoluto do Shakhtar Donetsk em 2014, mas tinha o status de jogador com potencial. Encontrou seu espaço no clube, ganhou a vaga na Seleção nas últimas partidas das Eliminatórias e fez o suficiente para convencer Tite de que deveria ser convocado. Nessa janela de transferências, foi negociado com o Manchester United.

Coutinho (Barcelona) – No Liverpool, começava a dar sinais das coisas que faria nos anos seguintes. Na temporada 2013/14, foram 33 partidas pela Premier League, com cinco gols marcados. Depois da Copa, entrou nos planos da Seleção e não saiu mais. Foi titular na Copa América Centenário em 2016 e, com Tite, garantiu a vaga entre os 11 iniciais.

CHEGAMOS PERTO

Alguns jogadores da lista chegaram a ser aproveitados pela Seleção durante boa parte do tempo, mas enfrentaram concorrência pesada e não conseguiram figurar na lista dos 23 de Tite. Abaixo, veja alguns que entraram na lista de suplentes, com 35 jogadores:

Neto (Valencia) – O goleiro era titular da Fiorentina em 2014, mas não era visto como jogador de Seleção. Na última temporada, passou a se destacar no Valencia e chamou atenção de Tite, que o convocou como goleiro suplente. Ele deixou para trás outros nomes badalados, como Vanderlei e Marcelo Grohe.

Dedé (Cruzeiro) – O zagueiro foi bicampeão brasileiro com o Cruzeiro, em 2013 e 2014. Não foi para a Copa do Mundo no Brasil e sofreu com as lesões nos anos seguintes. Entre idas e vindas, retornou aos gramados de vez em fevereiro desse ano e trouxe junto a boa fase. A superação foi elogiada por Tite, que, em coletiva, revelou que Dedé estava na lista dos 35, mesmo quando a relação completa ainda era um mistério.

Rodrigo Caio (São Paulo) – Sem dúvidas, um caso curioso na nossa lista. Isso porque foi cogitado como um futuro nome da Seleção, mas na posição de volante. Porém, mudou de lugar no campo ao longo do tempo e passou a atuar mais como zagueiro. Agradou ao técnico Tite pela polivalência.

Giuliano (Fenerbahçe) – Na temporada 2013/14, o meia estava no Dnipro, da Ucrânia. Foi titular na maioria dos jogos, mas não era lembrado pela Seleção desde 2012. Com a chegada de Tite, no entanto, passou a ser chamado. Apesar disso, não conseguiu se firmar e ficou fora da lista dos 23 convocados, mas é mais um a figurar entre os 12 suplentes.

Luan (Grêmio) – Estava na crista da onda no primeiro semestre de 2014. Ainda dava os primeiros passos como titular do Grêmio, mas já estava sob a mira dos holofotes pelas boas atuações. Depois de se tornar peça-chave na equipe campeã da Libertadores em 2017, ganhou chances com Tite, mas só conseguiu convencer o suficiente para ficar na lista de suplentes.

NEM LÁ, NEM CÁ

Ter boas atuações por um clube brasileiro e/ou disputar uma Copa do Mundo em casa são bons parâmetros para ter seu nome na boca dos torcedores. Os cinco jogadores abaixo tiveram fases que justificaram a ida para a Seleção após o 7 a 1, mas não tiveram rendimento suficiente para continuar vestindo a camisa do Brasil, na visão de Tite.

Luiz Gustavo (Olympique de Marselha) – Convocado e titular da seleção brasileira em 2014, o volante parecia ter condições de continuar na equipe depois da Copa - o que aconteceu durante 2014 e 2015. Porém, não disputou a Copa América Centenário sob o comando de Dunga e não foi aproveitado por Tite.

Lucas Moura (Tottenham) – Foi para o Paris Saint-Germain depois de um grande 2012 com o São Paulo, mas não teve muitas chances no clube francês e ficou fora da Copa de 2014. Ainda assim, era visto como um dos nomes prováveis para vestir a camisa da Amarelinha no novo ciclo, mas não se firmou na Seleção. Sua última convocação foi em 2016, na Copa América Centenário.

Ganso (Sevilla) – Fez sua última atuação pela Seleção em 2016, também na Copa América Centenário. Antes, a última partida com a camisa do Brasil havia sido em 2012. Teve o nome bastante citado pelo público no momento da votação, mas a irregularidade e as poucas atuações pelo Sevilla fizeram com que ele não fosse lembrado por Tite.

Everton Ribeiro (Flamengo) – Antes da Copa, era um dos nomes em alta no futebol brasileiro. Foi bicampeão do Brasileirão com o Cruzeiro, em 2013 e 2014, além de ter sido eleito o craque do campeonato nos dois anos. Porém, só estreou pela Seleção após a Copa. Com a ida para o Al Ahli, dos Emirados Árabes, deixou de ser convocado no meio de 2015 e não retornou mais.

Gabriel Barbosa (Santos) – Após a Copa, era apontado por muitos como futuro craque da seleção brasileira. Em grande fase no Santos, disputou os Jogos Olímpicos do Rio com a Seleção e levou a medalha de ouro. No entanto, não foi aproveitado na sequência, e as passagens frustradas por Inter de Milão e Benfica deixaram Gabigol ainda mais longe de uma vaga na equipe de Tite.

PASSAMOS LONGE!

Não é incomum que alguns dos jogadores em alta no período que antecede a Copa não joguem no mesmo nível quatro anos depois. Apesar disso, o número de jogadores que não foram convocados para a Seleção após o Mundial é grande. Destaque para o setor de ataque: no nosso simulador, é possível montar um trio de ataque com Marcelo Cirino, Wellington Nem e Alan Kardec, por exemplo. Veja outros nomes curiosos:

Mário Fernandes (CSKA Moscou) – O lateral-direito mantém uma carreira sólida e chegou a ser chamado, mas tem relação curiosa com a Seleção. Em 2011, rejeitou a convocação para um Superclássico das Américas, contra a Argentina. Ele voltou à seleção brasileira em 2014 para alguns amistosos. No entanto, sem ser lembrado novamente, se naturalizou russo e vai disputar a Copa de 2018 pela equipe da casa.

Anderson (Sem clube) – A última convocação do meia para a Seleção foi em 2011. Em 2014, ano da Copa, foi emprestado à Fiorentina pelo Manchester United. Não foi bem e, de lá para cá, passou por Internacional e Coritiba, sem sucesso.

Thalles (Albirex Niigata-JAP) – O atacante surgiu como grande promessa do Vasco em 2013 e era visto por alguns como futuro atacante do Brasil. Só que os problemas com peso e as oscilações durante a carreira fizeram com que a esperança de uma vaga na Seleção ficasse pelo caminho. Atualmente, tem 23 anos.

Mosquito (Deportivo Maldonado) – Lembra dele? O jogador de 22 anos surgiu como destaque na base do Vasco e logo foi para o Atlético Paranaense. Chegou a atuar pela equipe em 2014, mas não se firmou e foi emprestado ao Llagostera, da Espanha. Passou ainda pelo Boavista-RJ e defendeu o Arsenal de Sarandí, da Argentina, até o fim do ano passado. Hoje está vinculado ao Deportivo Maldonado, do Uruguai

Walter (CSA) – Depois de se destacar com a camisa do Goiás, em 2013, Walter passou a ser cogitado por alguns na Seleção. Mas as passagens seguintes e o excesso de peso desviaram o caminho: ele rodou por Fluminense, Atlético Paranaense, Goiás (de novo), Atlético Goianiense e Paysandu. Atualmente, o atacante joga no CSA.

A OPINIÃO DA GALERA

Não foi só a gente que errou (e acertou, também). Junto com os nomes cotados para a “Missão Rússia”, também estava a ferramenta para que o público pudesse escalar sua Seleção ideal para a Copa do Mundo de 2018.

Neymar foi o jogador mais votado para integrar a equipe, com 96% dos votos. Em seguida, aparece o zagueiro David Luiz, que está fora do Mundial, com 92%. O terceiro lugar fica entre três jogadores: Thiago Silva, Oscar e Lucas Moura – os últimos dois também não estão na Rússia.

A equipe montada pela galera conta com outras surpresas, como o lateral-direito Rafael entre os titulares e o atacante Alan Kardec entre os convocados. 

Quem surpreendeu?

Além de todos os nomes citados, sete jogadores que estão na lista dos 23 convocados de Tite para a Copa não estão disponíveis para escolha no "Missão Rússia". Veja quem surpreendeu:

Alisson (Roma) - Há quatro anos, o goleiro ainda era uma aposta do Internacional. Assumiu a titularidade justamente naquele ano, na reta final do Brasileirão. A primeira convocação para a Seleção aconteceu em 2015, ainda com Dunga no comando.

Ederson (Manchester City) - Em 2014, tinha 20 anos e atuava no modesto Rio Ave, de Portugal. Na temporada seguinte, foi vendido ao Benfica, onde se destacou. Foi convocado pela primeira vez em março de 2017, com Tite. Em julho do mesmo ano, foi vendido ao City.

Fagner (Corinthians) - No início de 2014, o lateral-direito foi emprestado ao Corinthians pelo Wolfsburg, da Alemanha. Com o tempo, retomou a boa fase e, comandado por Tite, foi campeão brasileiro em 2015. Passou a ser convocado quando Tite assumiu o comando da Seleção, em 2016.

Pedro Geromel (Grêmio) - O zagueiro tinha passagens por Vitória de Guimarães (Portugal), Colônia (Alemanha) e Mallorca (Espanha) até 2014, mas sequer era cotado para a Seleção. Foi depois de ir para o Grêmio, em 2014, que começou a ganhar espaço. Foi convocado para quatro amistosos - dois em 2016 e dois em 2018; os últimos antes do anúncio dos 23 jogadores. Ganhou a vaga.

Taison (Shakhtar Donetsk) - Depois de três anos no Metalist, da Ucrânia, o meia desembarcou no Shakhtar Donetsk em 2014. Era considerado como uma grande promessa quando jogava no Inter, mas não havia correspondido às expectativas. Porém, recuperou o bom futebol e chamou atenção de Tite, que o convocou pela primeira vez em 2016.

Roberto Firmino (Liverpool) - Com 22 anos em 2014, o atacante começava a se destacar com a camisa do Hoffenheim, da Alemanha. Apesar de não ser conhecido no Brasil - só teve passagem pelo Figueirense por aqui - foi lembrado por Dunga ainda em 2014, após a Copa. Conseguiu se firmar, mesmo com a contestação de parte da torcida.

Gabriel Jesus (Manchester City) - O menino já cansava de fazer gols em 2014... pelo sub-17 do Palmeiras. Foram 37 em 22 jogos pelo Campeonato Paulista da categoria. No ano seguinte, subiu para o time principal e virou destaque da equipe campeã brasileira em 2016. Foi convocado pela primeira vez ainda naquele ano, na estreia de Tite. Fez dois gols e não largou mais a titularidade.

Fonte: ge