Futebol

Romarinho em alta, enquanto Thalles preocupa a diretoria vascaína

Foram quase oito meses só treinando e com apenas uma aparição relâmpago no jogo da primeira fase da Copa do Brasil – contra o Rio Branco, no Acre - até entrar faltando 10 minutos contra o Figueirense. Romarinho atuou em, no máximo, 20 minutos com a camisa do Vasco e é verdade que sequer passou perto do gol – ironicamente, nas duas partidas que entrou o time foi vazado no final dos jogos -, mas ganhou espaço em meio à falta de opções e às inúmeras dificuldades do problemático setor ofensivo vascaíno. Nesta tarde, o filho do ex-melhor do mundo viaja para Porto Alegre para o jogo contra o Internacional. Thalles, que começou o ano com status de titular, está fora da partida.

Romarinho teve pouco tempo contra o Figueirense.  Mas Jorginho gostou. Logo na primeira bola que recebeu, vinda de Guiñazu, deixou ela escapar, mas não perdeu a oportunidade de arriscar: chutou a gol – a bola passou longe, mas levou aos vascaínos, desesperados pelas falhas do ataque do time, aplaudirem o filho do craque. Em outra jogada, foi à ponta, driblou e cruzou, forçando escanteio.

Para quem estava encostado e mal era notado no dia a dia no Vasco – e, anteriormente, também não conseguia jogar com regularidade no Brasiliense -, Romarinho surpreendeu. Ele vai ser relacionado para duas partidas consecutivas pela primeira vez, – antes, no Brasileiro, apareceu entre os reservas contra Cruzeiro (7ª rodada) e Chapecoense (11ª rodada). 

- Ele é seguro, não tem medo. Já merecia oportunidade antes pelo que vinha fazendo nos últimos tempos nos treinos – diz uma pessoa na diretoria do Vasco. 

No departamento de futebol, há a avaliação de que se a relação de Romário com Eurico abriu as portas para o retorno de Romarinho a São Januário, o fato de ser filho de um dos maiores atacantes de todos os tempos inviabilizou chance para o jogador. E Romarinho até parecia, de certa forma, acomodado com a falta de perspectiva de jogar. Na troca de treinador, com a saída de Doriva por Celso Roth, o ânimo se renovou, mas o garoto continuou sem chance de aparecer na reserva e se desmotivou – ganhou peso e depois perdeu massa quando teve gastroenterite. A chegada de Jorginho e Zinho, campeões do mundo com o pai em 1994 nos EUA, reanimou o jogador, que tenta aproveitar a brecha na má fase de Riascos e de Thalles.

O caso de Thalles preocupa há tempos a diretoria e o departamento de futebol. Em má forma técnica e também longe da plenitude física, ele foi vaiado pela torcida do Vasco no jogo de sábado contra o Figueirense. A chance mais clara da partida caiu nos seus pés. Mas o jogador se enrolou e deixou o zagueiro cortar a jogada.  

No início da temporada, ele chegou a dizer que esperava chegar na seleção principal em 2015, que “tinha que ser o seu ano”. Thalles não conseguiu se firmar como titular em momento algum. Foi reserva de Gilberto, depois de Herrera e agora de Riascos. Em 28 jogos, foi apenas sete vezes titular e marcou quatro gols – um no estadual, três na Copa do Brasil. O jogador ainda está zerado no Brasileiro.  

Fonte: ge