"Revanche" da torcida vascaína fica sufocada por jogo do Avaí em Floripa

Após o Fluminense fechar a concessão com o Consórcio Maracanã S.A. e assinar contrato para mandar seus jogos no Maior do Mundo, criou-se muita polêmica entre vascaínos e tricolores pelo lado que a torcida ficaria no estádio. Entre as exigências do Flu, um lugar 'cativo' para sua torcida no lado Norte do novo Maracanã. Porém, logo no jogo de reabertura do Maior do Mundo para clubes, no dia 21 de agosto, o problema com a torcida do Vasco. O local reservado pela diretoria tricolor sempre foi historicamente o lado 'cativo' da torcida vascaína. A polêmica foi criada e o Cruz-maltino prometeu 'revanche'. A ideia, era mandar o clássico em São Januário, destinando apenas 10% da carga de ingressos para os tricolores, o que diz no Estatuto do Torcedor. Mas os mesmos vascaínos se envolveram em um confusão com a torcida do Corinthians, em Brasília, e o clube foi punido com a perda de quatro mandos de campo, sendo um deles logo no clássico.

Tendo isso, o Vasco resolveu mandar o jogo em Florianópolis, na Ressacada. Contudo, quem acabaou se dando mal foi o próprio Vasco. Com apenas 14 mil ingressos colocados à venda, sendo 7 mil para cada torcida, a procura por ingressos para a partida em Santa Catarina foi baixa e acabou sendo sufocado pela torcida do Avaí. Os avaianos compareceram em peso nesta terça-feira na Ressacada, para acompanhar a vitória sobre o Sport, por 1 a 0, que colocou a equipe na terceira colocação da Série B. Dos mesmos 14 mil ingressos colocados à disposição foram vendidos 11.742 e o clássico acabou ficando em segundo plano. Inclusive, em Florianópolis, o jogo entre Vasco e Fluminense não é tratado como um grande evento na cidade, como era de se esperar. Até terça-feira, pouco mais de três mil bilhetes haviam sido comercializados.

Até mesmo o pessoal que mora próximo à Ressacada ou que trabalha nas redondezas, mostrou preocupação com o trânsito caótico que se formou na terça-feira. Para quarta, a expectativa é de facilidade para chegar a casa do Avaí.

- Acredito que não teremos muitas dificuldades para chegar ao Aeroporto (que fica próximo ao estádio) ou à Ressacada. Não se fala muito do jogo do Vasco e Fliuminense. O assunto na cidade tem sido a boa campanha do Avaí, esta vitória sobre o Sport e a derrota do Figueirense para o Palmeiras. O catarinense é apeixonado pelos clubes daqui - explicou Giovani Herman, de 29 anos, taxista com ponto fixo em frente à Ressacada.

Nas bilheterias do estádio, o principal ponto de vendas para o clássico, a procura foi pouca na manhça desta quarta-feira. Na terça e na segunda, dia e véspera da partida do Avaí com o Sport, apenas filas para adquirir bilhetes do jogo decisivo.

Nesta quarta-feira, será a primeira vez que Vasco e Fluminense farão um clássico em um torneio oficial fora do Estado do Rio de Janeiro. A expectativa é de que seja um grande espetáculo, porque se depender do interesse e da procura dos catarinenes, o clássico realizado em Florianópolis logo será esquecido. Ou nem será lembrado...