Futebol

"Pitbull" Guiñazu conquista Vasco com liderança, carrinhos e muita raça

Na ausência de um grande ídolo, de uma referência técnica no Vasco, Guiñazu nada de braçada no coração da torcida do Vasco. Ou melhor, desliza de carrinho, como é sua especialidade. O nome do argentino de 36 anos é o mais aplaudido - ao lado de Martín Silva - na escalação dos jogadores do Vasco. O grito de "Uh, uh, uh, Guiñazu é pitbull" ecoa assim que aparece o rosto do carismático "Cholo Loco", apelido que o veterano carrega desde os tempos de Argentina.

A receita para cativar os vascaínos é antiga e funcionou perfeitamente nos tempos de Internacional, onde Guiñazu atuou e foi ídolo dos colorados por cinco anos. Muita disposição, uma correria desenfreada e uma distribuição de carrinhos que acaba provocando algumas advertências. Foram duas suspensões e oito cartões amarelos levados em toda a Série B até o momento.

Contra o Náutico, a velha receita funcionou. A aplicação de sempre fez com que ele cortasse uma das poucas jogadas perigosas armadas pelos pernambucanos no primeiro tempo e ainda permitiram que ele fizesse uma bonita tabela com Douglas. O camisa 5 enfileirou três adversários e tocou com categoria no canto, mas a bola saiu por pouco, frustrando todos vascaínos no estádio que aplaudiram de pé a jogada (veja vídeo acima). Papai Joel gostou.

- Era uma jogada que valeu o ingresso. Só faltou o carimbo final, ficou devendo, mas da próxima vez ele capricha mais e carimba - disse o técnico Joel Santana.

Apesar da boa chegada no ataque, Guiñazu fez seu último gol dia 30 de agosto de 2009, em vitória de 4 a 0 do Inter sobre o Goiás. No Vasco, El Cholo não é de chegar tanto no ataque, mas distribui bastante o jogo, invertendo bolas e procurando sempre os laterais para abrir o jogo. Joel destacou a importância dos volantes saírem e surpreenderem o adversário chegando de trás para participar do ataque.

- A gente tem que ser inteligente. Ele (Guiñazu) viu que todos estavam muito marcadas na frente, quando você vem de trás abre a defesa, que marca mais os jogadores que estão de costas e isso facilita - lembrou o técnico do Vasco.

Fonte: ge