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Organização e paciência foram fundamentais para empate contra o Flamengo

O discurso do Vasco durante a semana era de vencer o rival Flamengo neste sábado, no Maracanã, mas, mais do que isso, voltar a jogar bem passou a ser objetivo depois de duas derrotas seguidas em um nível abaixo da média – principalmente contra o Bahia. E o time comandado pelo técnico Zé Ricardo conseguiu isso em boa parte da partida válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Depois de sair atrás no placar pela 10ª vez seguida, o Vasco melhorou diante do Flamengo. Variou entre momentos de mais posse de bola e toques perto da área e boa postura defensiva. O lateral-direito Rafael Galhardo conseguiu marcar Vinicius Junior muito bem e praticamente anular a principal arma rubro-negra, enquanto Thiago Galhardo, no meio, foi importante no controle do jogo.

Organização

Com ou sem a bola, o Vasco mostrou o que há tempos não conseguia tão bem: organização. Apesar de ter começado mais uma vez com certa desatenção (o Flamengo criou boa chance nos primeiros minutos e abriu o placar), o Cruz-Maltino soube se defender bem e foi pouco pressionado pelo rival, que chegou ao clássico em melhor momento.

Em diversos momentos, o Vasco se propôs a ficar na defesa e esperar o Flamengo. Mas não significa que foi pressionado. O time comandado por Zé Ricardo soube se postar bem defensivamente. Os volantes Bruno Silva e Desábato, sem falhas individuais, conseguiram proteger bem a zaga.

Rafael Galhardo: surpresa positiva

Muito criticado pela torcida, o lateral-direito foi importante no empate no Maracanã. Por ali, bem em suas costas, caiu por boa parte do tempo o garoto Vinicius Junior. Rafael Galhardo, então, pouco foi ao ataque, mas conseguiu praticamente anular a promessa rubro-negra de apenas 17 anos.

No segundo tempo, Vinicus Junior conseguiu escapar de Galhardo apenas duas vezes e criou perigo para o Vasco, mas em diversos momentos até foi para o lado direito para tentar procurar espaço. Não conseguiu.

Paciência

Quando teve a bola, o Vasco teve calma para tocar e gastar o tempo. A equipe, ciente da importância de pelo menos não perder, se expos muito pouco. Graças à qualidade de Thiago Galhardo, Wagner e Ríos no setor ofensivo, o Cruz-Maltino conseguiu ter posse de bola em alguns momentos.

Faltou, porém, contundência para criar mais chances de perigo. O Vasco chegou pouco ao gol defendido por Diego Alves. Não foi muito assustado, mas também assustou pouco o goleiro adversário.

Segundo tempo pior

As saídas de Thiago Galhardo e Wagner, substituídos por desgaste físico, fizeram o rendimento do Vasco cair. Os dois meias, o primeiro centralizado e o segundo aberto pela direita, eram o “cérebro” do Cruz-Maltino em campo.

Entraram em seus lugares Kelvin e Evander, que não conseguiram manter o mesmo nível. Enquanto o atacante não acertou os lances que tentou pela direita, o meia foi pouco procurado e errou alguns lançamentos. O nível do Vasco, então, caiu.

Fonte: ge