Futebol

Jornalista dá receita para Vasco sair da lanterna

O presidente Eurico Miranda costuma dizer que o clássico contra o Flamengo é um campeonato à parte para o Vasco. E se levar em conta apenas os jogos oficiais em 2015, desprezando os amistosos no início do ano, o Gigante da Colina já pode ser considerado tricampeão. Foram seis "Clássicos dos Milhões" até o momento, sendo três vitórias dos alvinegros, dois empates e apenas uma derrota para o maior rival.

A última demonstração de força dos cruz-maltinos sobre o Flamengo aconteceu nesta quarta-feira, quando o empate por 1 a 1 garantiu a classificação para as quartas de final da Copa do Brasil e a consequente eliminação dos rubro-negros da competição. Para o jornalista Carlos Eduardo Eboli, da rádio CBN, a forma como o Vasco se apresenta nos confrontos contra o maior rival, tanto taticamente quanto mentalmente, deve servir de exemplo para todos os jogos restantes do Campeonato Brasileiro, onde está na última posição. 

- Esse resultado não diminui a dificuldade que o Vasco terá pela frente daqui para frente no Brasileiro, mas, sem dúvida alguma, é uma injeção de motivação. O Vasco precisava eliminar o Flamengo e seguir na Copa do Brasil. Acho até muito difícil o Vasco conquistar a Copa do Brasil, porque o foco ainda é fugir da zona do rebaixamento. A missão no Brasileirão é muito difícil pelo cenário que se apresenta, não só pelo aspecto matemático, mas também pelo futebol que se apresenta. Qual é agora o desafio do Vasco? Pensar que cada jogo é clássico carioca e, de preferência, contra o Flamengo - comentou. 

Segundo o jornalista da rádio CBN, a mudança de postura que o Vasco teve da goleada sofrida para o Goiás no último sábado para o jogo da classificação contra o Flamengo só pode ser explicada pelo psicanalista Sigmund Freud. E sugere que os jogadores vascaínos recorram ao divã para o restante da temporada. 

- Começo a acreditar que clássico se decide no divã. Porque só Freud explica. O desafio do Vasco daqui para frente é encarar todos os jogos como ele encarou esses confrontos, porque não deixou o Flamengo jogar. Se esperava que o Vasco fosse desmoronar após sofrer o gol, porque é isso que tem acontecido no Campeonato Brasileiro, mas não foi visto isso em campo. E o Jorginho fez disso um mantra: "O time não pode se desmantelar, independente do que aconteça em campo, a postura tem que ser a mesma". E o Vasco fez isso - disse. 

Em 2015, contando apenas os jogos oficiais, o Vasco disputou 11 clássicos cariocas e tem aproveitamento de 64%, sendo sete vitórias, três empates e uma derrota, com 12 gols pró e seis gols contra. Para se ter noção do bom desempenho cruz-maltino contra os rivais, o time foi às redes mais vezes nos 11 clássicos (12 gols) do que nas 20 rodadas do Campeonato Brasileiro (oito gols). Para Carlos Eduardo Eboli, o desempenho nos dois jogos contra o Flamengo, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, mostrou que a classificação do Vasco foi incontestável. 

-  O jogo começou a mudar a partir da lesão do Guerrero, aos 16 minutos do primeiro tempo. Quando ele sai, parece que o Vasco ganha mais confiança. O Nenê fez uma ótima partida e está se transformando no jogador que tranquiliza os companheiros e o jogo. Pega, para a bola, tenta cadenciar o jogo e não fica apavorado. O Vasco foi melhor nos 180 minutos e a classificação é indiscutível. O jogo ontem foi pegado, feio em alguns momentos, e o Flamengo que, antes colocava a bola no chão, ontem, abusou de dar chutão, fugindo das suas características - concluiu. 

 

Fonte: SPORTV