Futebol

Ídolo vascaíno, Carlos Germano avalia atuações de Martín Silva

Virou rotina. Se o Vasco está perto de tomar um gol em uma decisão, um uruguaio de 1,87m se agiganta para garantir a vitória. O arrojo de Martín Silva para sair aos pés dos atacantes, cara a cara, primeiro assegurou o título da Taça Guanabara sobre o Fluminense e agora permitiu a importante vantagem do empate na final do Carioca, contra o Botafogo.

Quando Osvaldo recebeu a bola dentro da área no último lance do jogo em Manaus, muitos torcedores temeram pelo pior, mas Martín Silva saiu no momento certo para impedir o empate que tiraria a Taça Guanabara do Vasco. No domingo, foi a vez de Ribamar aparecer cara a cara e parar no goleiro uruguaio. Dois lances decisivos, que, para a sorte dos vascaínos, são especialidade de Martín.

“Ele é muito arrojado, além de ter uma tranquilidade invejável. Essas defesas se devem ao momento certo de sair na bola. E isso se conquista com a experiência. É um dos pontos fortes dele”, explica o ex-goleiro Carlos Germano, que trabalhou com Martín em 2014 e vê a característica em outro importante camisa 1 do clube.

“Lembra um pouco o Acácio, que era muito bom nesse fundamento. Fechava o ângulo todo e no momento certo. É o caso do Martín”, compara.

Ídolo vascaíno, Carlos Germano vê potencial no uruguaio, de 33 anos, para também marcar seu nome na história do clube, desde que cumpra o contrato até 2019: “É um dos principais, se não o principal jogador pela segurança que passa. Quando se pensa em Vasco hoje, tem que começar por ele. Se ficar mais tempo, vai ficar marcado.”

Não é só o ex-goleiro que vê a segurança de Martín Silva como um fator importante para a boa fase vascaína. O técnico Jorginho tem no uruguaio um importante pilar para a equipe.

“Martín realmente é um dos maiores goleiros com quem trabalhei. É um jogador fundamental, que demonstra a frieza necessária, naquele estilo uruguaio”, elogiou o treinador.

Sem ter levado gol nos últimos três clássicos, Martín garantirá o título se repetir o desempenho contra o Botafogo. Pelo bom momento, não é difícil para os vascaínos acreditar na muralha uruguaia.

GASTO MAIOR COM MARACANÃ

Com a organização às pressas da final no Maracanã, os gastos aumentaram em relação ao primeiro jogo da final de 2015. Consequentemente, o Vasco ganhou apenas R$ 240.574,80 de uma renda de R$ 1.840.370. O resultado é cerca de R$ 126 mil a menos que ano passado. Já o Botafogo teria direito ao mesmo valor, mas tudo foi penhorado.

Em comparação com o ano passado, a renda total foi cerca de R$ 1 milhão menor e os gastos aumentaram R$ 157.405 (mesmo sem o aluguel do estádio), segundo informações do borderô do jogo. Esse valor se deve ao aumento em R$ 220.063,60 do custo operacional, em R$ 30 mil nos gastos por clube e em R$ 50 mil na confecção e venda de ingressos.

Fonte: O Dia