Eurico Miranda e presidente da Ferj contestam Profut
Já sem a presença do secretário de futebol do Ministério do Esporte, Rogério Hamam, e do relator do Profut, Otávio Leite, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, discursou para os seus filiados citando "inconsistências" no modelo atual do Profut. Lopes repetiu diversas vezes que as diferentes situações financeiras das equipes não foram levadas em consideração e quer mudanças além da prorrogação de prazo, que está sendo pleiteada.
A principal ponderação é em relação à Certidão Negativa de Débito ter sido incluída como critério técnico para entrada dos clubes em competições no Estatuto do Torcedor, o que torna a obrigação da apresentação da CND uma regra universal, e não somente para quem aderir ao Profut. Uma alteração que permitia também a apresentação de comprovante de quitação dos débitos foi proposta, mas vetada.
- A lei penalizou o clube. Transformar CND em critério técnico é um absurdo em mais alto grau. Isso cria uma distorção tamanha, além de levar insegurança à competição, às vezes vai contemplar clubes que não tem dívida nenhuma, sem estádio, que poderão entrar no lugar de clubes centenários. O fato de quem não tiver a CND ser rebaixado e não poder participar de competição, significa a morte do clube. Por uma burocracia. Erraram na dose. Isso é a obsessão de achar que todos os dirigentes são irresponsáveis. Queremos marcos regulatórios de administração rígidos, mas que isso não inviabilize o futebol no país. E o risco disso acontecer é muito grande, se não houver sensibilidade do governo para enxergar isso. Podia ser CND ou comprovante de quitação, mas isso foi vetado - disse Lopes.
Eurico Miranda, presidente do Vasco, criticou a burocracia e afirmou que o texto do Profut não deixa claro que os clubes que não aderirem não precisam cumprir as exigências:
- O Profut tem uma série de penduricalhos. Eu já aderi ao Profut porque é altamente benéfico para a minha instituição. Os órgãos burocráticos é que têm um problema sério. É inviável fazer essas exigências para realizar uma competição. Quem não aderir ao Profut não é obrigado a cumprir aquilo. Aqui colocaram de uma maneira geral. É para quem aderir ao Profut. Aí faz uma competição de quem aderiu e de quem não aderiu. Por que razão eu tenho de cumprir? O que precisa ser enfatizado é que, da maneira como está, inviabiliza as competições. Totalmente. Não pode baixar uma coisa assim em agosto, para valer em janeiro. Tem de ser para o próximo ano - disse Eurico, pedindo ao representante do Ministério do Esporte presente que transmita o recado ao ministro George Hilton.
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